O Piauí pode está diante do segunda morte causada por Gripe A . Uma mulher de 22 anos, residente do município de Miguel Alves, chegou a óbito na manhã de ontem no Hospital de Urgência de Teresina- HUT. Ela foi internada na segunda-feira com diagnóstico de pneumonia . Os médicos só suspeitaram de que a paciente estava contaminada com o vírus H1N1 horas antes do falecimento .
Por esse motivo a paciente não recebeu medicação específica para o tratamento da doença, o tamiflu. Isso porque a medicação só é eficaz nas primeiras 48 horas após a manifestação dos sintomas. De acordo com informações do Comitê de Enfrentamento da Pandemia da Influenza A, a paciente passou cinco dias internada em um hospital em Miguel Alves, onde recebeu tratamento com antibióticos e só depois de uma complicação é que foi encaminhada ao HUT.
Depois de transferida para a capital ela continuou tratamento com antibióticos e passou por um procedimento de retirada de líquido na pleura. No entanto, o agravamento dos sintomas de febre e tosse, seguido do óbito levantaram a suspeita de que a paciente estaria contaminada com o vírus da nova gripe. ?Quando ela deu entrada no HUT já estava com cinco dias de sintomas, então mesmo que já houvesse a suspeita, ela não poderia fazer o tratamento com tamiflu?, informou a gerente de epidemiologia da Fundação de Municipal de Saúde, Amparo Salmito.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, onde foi recolhido material para exames laboratoriais. O material colhido foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz e o resultado deve sair em 15 dias.
A coordenadora de Assuntos Assistenciais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), e membro do comitê de Enfrentamento da Pandemia, Amariles Borba, informou que o comitê deve investigar o quadro epidemiológico da vítima, bem como o tratamento recebido no hospital do interior, assim como ocorreu com o professor Sérgio Gustavo Fernandes Sousa, 32 anos, morto no último dia 13 com a doença. ?Ainda não concluímos o rastreamento da primeira morte confirmada, mas o caso está sendo investigado?, disse.
O estado já contabiliza 106 casos, sendo 43 deles confirmados por exames laboratoriais e os demais por vínculos epidemiológico. Mas 30 exames aguardam os resultados do laboratório Adolfo Lutz.
A grande preocupação dos órgãos de saúde neste momento é com o filho da vítima, um recém nascido de apenas três meses. De acordo co informações do Comitê de Enfrentamento da Pandemia da Influenza A, o bebê será monitorado enquanto houver risco de manifestação da doença.
Caso seja diagnosticado algum sintoma, o bebê será encaminhado ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, onde são tratados os pacientes contaminados com o vírus.
Outra preocupação é com os pacientes e com os profissionais de saúde do hospital de Miguel Alves. Isso porque no período que a jovem esteve internada não houve proteção dessas pessoas, já que ainda não existia suspeita da contaminação pelo vírus H1N1.