O câncer de mama continua sendo um dos que mais matam e mais preocupam a população e autoridades em saúde em todo o país. No Piauí são registrados, por ano, cerca de 520 novos casos de câncer de mama e 180 mortes em decorrência dessa doença.
Enquanto o número de casos é alto, a Lei dos 60 Dias, que deveria acelerar o início do tratamento das pacientes que sofrem com a doença, não está tendo a eficácia que deveria. A lei prever que, após o diagnóstico de câncer, a paciente inicie o tratamento em 60 dias e, com isso, aumente as chances de cura da mulher. No entanto, até que se chegue ao diagnóstico, o processo poderá demorar até seis meses e, se contabilizado com mais dois da Lei, a mulher poderá demorar até oito meses para iniciar o tratamento.
“Uma mulher do interior do Piauí, por exemplo, demora muito tempo para chegar ao diagnóstico, pois ela precisa agendar consulta, agendar exame, realizar a biopsia, esperar o resultado, mostrar ao médico e só depois disso tudo ela tem o diagnóstico da doença. E só a partir de então os 60 dias da lei passam a contar para ela e essa demora não é a ideal para o tratamento e cura da doença”, lamentou o médico Luiz Airton Santos Júnior, presidente de honra da fundação Maria Carvalho de Sousa.