Piauí registra oito mortes contra mulheres em 2014

A violência contra a mulher no Piauí ainda alcança índices alarmantes

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A violência contra a mulher no Piauí ainda alcança índices alarmantes e assusta o sexo feminino em todo o Estado. Só neste ano de 2014 já foram contabilizadas oito mortes de mulheres, vítimas de violência.

Os dados são da União de Mulheres Piauienses (UMP), que junto com outras entidades, ocuparam a Secretaria Estadual de Segurança Pública, para pedir justiça e mais envolvimento do poder público com a causa feminina.

?Enquanto o poder público faz eventos para comemorar o Dia Internacional da Mulher, nós fomos até a Secretaria de Segurança Pública para lutar pelos nossos direitos, para lutar por melhorias e mais comprometimento das instituições que se dizem voltadas para a defesa dos nossos interesses. Só esse ano nós já tivemos oito mortes de mulheres e até agora nenhum desses casos foi solucionado?, pontuou Maria Lúcia de Oliveira, da UMP.

Eliene dos Santos Lima, que mora no assentamento Resistência Camponesa, nas proximidades de Demerval Lobão, junto com sua filha de 15 anos de idade, são duas das mulheres que sofrem com a violência contra o sexo feminino.

Ela conta que sua filha sofreu uma tentativa de estupro no mês passado e até agora nada foi feito para punir o acusado. ?Foi o meu vizinho que fez isso com minha filha e quando eu disse a ele que ia denunciá-lo, ele me mandou fazer isso, porque sabia que não seria punido, assim como casos que aconteceram anteriormente não foram punidos?, disse.

O secretário estadual de Segurança, que assume a pasta interinamente, Francisco Magalhães Júnior, recebeu as mulheres do movimento, após elas ocuparem o prédio da secretaria, e disse que vai analisar cada uma das reivindicações. Ele propôs ainda que seja criado um fórum permanente para a discussão destes assuntos.

?Elas vêm aqui, fazem suas reivindicações, mas depois vão embora e só voltam no ano seguinte. Nós precisamos fazer uma espécie de fórum permanente, com reuniões periódicas, para que possamos discutir mais a fundo cada uma das reivindicações para podermos buscar as soluções.

O interessante seria que, em cada reunião, uma das entidades que representam as mulheres se reunisse conosco, para que pudéssemos apresentar e discutir os resultados do nosso trabalho, na resolução desses problemas?, argumentou.

Mulheres pedem saída da delegada Vilma - Dentre as reivindicações das mulheres, uma delas é a saída da delegada Vilma Alves, da Delegacia da Mulher Centro.

Segundo as mulheres, a atual titular daquela delegacia não tem dado a atenção necessária aos casos de violência que chegam até lá.

A delegada disse que está com a consciência tranquila e ciente do quanto tem trabalhado para dar assistência às mulheres.

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