Piauí tem baixo índice de mulheres que realizam mamografia a cada 2 anos

A renda ainda é um obstáculo para que as mulheres da faixa etária recomendada façam o exame com regularidade

Piauí tem baixo índice de mulheres que realizam mamografia a cada 2 anos | Reprodução/Internet
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Apesar do Ministério da Saúde recomendar que as mulheres entre 50 e 69 anos de idade realizem uma mamografia a cada intervalo de dois anos, o índice daquelas que cumprem a orientação é baixo. No Piauí, menos da metade (45,6%) das mulheres que estão nessa faixa etária realizaram o exame no biênio que antecedeu à entrevista da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019. O levantamento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em todo o mundo, o tipo de câncer que mais atinge as mulheres é o de mama e ele é o segundo responsável por mortes provocadas por tumores malignos entre elas. Ainda conforme o estudo, a detecção precoce da doença permite aumentar as chances de cura, assim como possibilitar um tratamento não mutilador. No entanto, em todo o país, apenas 58,3% das mulheres entre 50 e 69 anos de idade realizaram a mamografia no período investigado.

Em todo o mundo, o tipo de câncer que mais atinge as mulheres é o de mama - Foto: Reprodução/Internet

A renda ainda é um obstáculo para que as mulheres da faixa etária recomendada façam o exame com regularidade. A pesquisa mostra que a proporção de realização da mamografia aumenta quanto maior o rendimento domiciliar per capita. No Piauí, enquanto apenas 25,6% dessas mulheres com rendimento de até um quarto do salário mínimo por pessoa realizou o exame no biênio investigado, o índice chega a 95,6% entre aquelas com rendimento per capita acima de cinco salários mínimos.

No Brasil, a situação é semelhante, apesar da diferença entre os percentuais ser menor. Entre as brasileiras de 50 a 69 anos de idade com rendimento domiciliar per capita de até um quarto do salário mínimo, cerca de 42,9% realizaram a mamografia no período investigado. Já entre aquelas com rendimento domiciliar por pessoa acima de cinco salários mínimos, a taxa sobe para 83,7%.

Outro entrave no acesso ao exame é o nível de escolaridade. No Piauí, entre as mulheres de 50 a 69 anos de idade com, no máximo, ensino fundamental incompleto, cerca de 34,8% realizaram a mamografia há menos de dois anos da data de entrevista da pesquisa. Entre aquelas com ensino superior completo, a taxa chega a 78,6%. No Brasil, a desigualdade também é evidente: entre as mulheres que não chegaram a completar o ensino fundamental, a proporção é de 49%. Já entre as que possuem ensino superior completo, o índice é de 77,8%.

 Exame preventivo de câncer de colo do útero

Ao contrário do baixo índice de realização da mamografia, a realização do exame preventivo de câncer do colo do útero é mais frequente. No Piauí, três a cada dez mulheres (75%) de 25 a 64 anos de idade se submeteram ao exame há menos de três anos da data de entrevista da pesquisa. No Brasil, a taxa chega a 81,3%.  

O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher que já teve atividade sexual realize o exame periodicamente, especialmente aquelas entre 25 e 59 anos de idade. Conforme as orientações, os dois primeiros exames devem ser anuais e, se os resultados estiverem normais, só é necessário repetir a cada três anos.

Também conhecido como Papanicolau, o exame visa mapear alterações celulares que podem evoluir para o câncer do colo do útero. Conforme a PNS, além da detecção precoce do tumor maligno, o exame também permite identificar outras infecções que precisam ser tratadas.

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