O Piauí é o estado com a menor proporção de filiais de empresas que atuam no setor cultural: apenas 4,3%, conforme dados de 2019. Além disso, o estado é o único cujo percentual permaneceu o mesmo em 2009 e em 2019. As demais Unidades da Federação tiveram redução no índice, com exceção do Ceará, que registrou crescimento. As informações são do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2009-2020, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, cerca de 6,3% das filiais eram da área cultural em 2019, proporção que era de 7,6% em 2009. O estado com maior concentração é o Rio de Janeiro, onde 8% do total das filiais ativas em 2019 atuavam no setor, índice que foi de 9,4% em 2009. Apenas outros três estados registraram proporções acima da média brasileira em 2019: Distrito Federal (7,7%), São Paulo (7,6%) e Roraima (6,4%). Somente o Ceará teve aumento de participação entre 2009 e 2019, passando de 5,1% a 5,3%.
Quanto aos trabalhadores assalariados empregados no setor cultural, houve aumento de participação no Piauí. Eles representavam 1,8% do total em 2009, tendo alcançado o índice de 2% em 2019. O contrário ocorreu no Brasil: eram 3,5% e reduziram para 3,3% no período.
Já a média salarial dos empregados do setor cultural teve crescimento acima da média do Brasil entre 2009 e 2019. O valor teve aumento de 14,2% no Piauí e de 6,4% no país. No entanto, a remuneração média mensal do Brasil permaneceu duas vezes maior que a média do Piauí. O valor era de R$ 3.517 no país, contra apenas R$ 1.701 no estado em 2019. Dez anos antes, em 2009, os valores eram de R$ 3.306 no país e de R$ 1.490 no estado.
O estudo também mostra que a proporção de informalidade no setor cultural piauiense é abaixo da média geral. Enquanto 62,6% dos trabalhadores do estado, considerando todos os setores, são informais, no setor cultural a taxa cai para 59,3%. Ainda assim, os índices de informalidade do Piauí são bem maiores que a média brasileira. No país, cerca de 38,8% dos trabalhadores em geral são informais, proporção que chega a 41,2% no setor cultural.