Em maio de 2014 começou a luta da menina Flávia Nara Fonseca. Natural do município de Bom Jesus, localizado no extremo Sul do Piauí, a adolescente de 15 anos foi diagnosticada no ano passado com aplasia medular. Essa doença altera o funcionamento da médula óssea e impede que o indivíduo produza de forma suficiente plaquetas, leucócitos e hemácias.
A tia de Flávia Nara, Kathlenn Bezerra, conta que desde a descoberta da doença a família tenta buscar um doador de médula óssea que seja 100% compatível com o código genético da sobrinha.
"Fomos para São Paulo tentar tratamento alternativos e não conseguimos sucesso. A aplasia medular da Flávia é idiopática, ou seja, não tem causa definida e a cura só é possível por meio do transplante", explica.
A médula de Flávia Nara produz em média 5 mil plaquetas. Para se ter uma ideia da gravidade do estado de saúde da menina, uma pessoa saudável tem no mínimo 150 mil trombócitos (ou plaquetas, como são popularmente conhecidas).
Atualmente Flávia está internada na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular de Teresina. De acordo com Kathlenn, o governo do Estado assumiu as despesas médicas do tratamento da menina. "Seria impossível arcamos pois ela toma 19 remédios por dia", acrescenta a tia.
Apesar das dificuldades, a família acredita que vai encontrar um doador compatível e curar a aplasia medular da jovem. "Temos fé que tudo dará certo", disse Kethleen. Os familiares, inclusive, lançaram a campanha "Um Simples Gesto, Uma Grande Atitude de Amor".
A intenção do movimento é incentivar as pessoas a se cadastrarem como doadores no Hemopi. "Nos dias 23 e 24 de julho vamos para Bom Jesus divulgar nossa campanha e conseguir mais doadores.
Quanto mais tivermos pessoas cadastras, maior será a chance de curar a Flávia e outras pessoas que dependem do transplante de médula", finaliza a tia.