Depois de três anos consecutivos gerando novos empregos com carteira assinada, o setor econômico piauiense volta a registrar fechamento de postos de trabalho. É o que revela o levantando final de 2020 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão ligado ao Ministério da Economia. Segundo os números, o Piauí terminou o ano passado com um saldo negativo de 181 empregos formais, ou seja, mais pessoas foram demitidas no Estado do que contratadas no acumulado de 12 meses.
Teresina foi a cidade piauiense que registrou o maior saldo negativos quanto a geração de empregos formais
Nem mesmo os bons resultados atingidos entre os meses de junho e novembro, superaram as perdas de vagas de empregos formais nos primeiros meses de 2020, principalmente março e abril, período mais crítico da pandemia do novo coronavírus. O resultado negativo ainda foi reforçado com o fechamento de dezembro, que também registrou mais desligamentos que contratações, terminando o último mês do ano com a liquidação de 139 vagas.
De acordo com os dados do Caged, os empresários piauienses contrataram, ano passado, um total de 79.244 trabalhadores com carteira assinada. No entanto, em contrapartida, o mesmo setor demitiu outras 79.425 pessoas, proporcionando um saldo negativo de 181 vagas. No Nordeste, além do Piauí somente Pernambuco, Sergipe e Bahia também terminaram 2020 com saldo negativo. Já no país, apesar da retração econômica, o saldo foi positivo de quase 143 mil novos postos criados.
Teresina foi a cidade piauiense que registrou o maior saldo negativos quanto a geração de empregos formais, ano passado. Conforme as estatísticas do Caged, foram ao todo 3.182 postos de trabalho fechados na capital do Estado, destaque para os setores do comércio e indústria de formação, os responsáveis pro mais da metade dessa destruição de vagas. Já São João do Piauí, no sul do Estado, foi a cidade que registrou o maior saldo em 2020 com a abertura de mais de 500 novas vagas.