A missão do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) chegou, nessa segunda-feira (16), ao Piauí, onde cumpre agenda com o Governo do Estado até o dia 20 de dezembro. Pela manhã, o secretário de Estado da Agricultura Familiar, Hérbert Buenos Aires, e equipe do Projeto Viva o Semiárido (PVSA) recepcionaram o oficial dos projetos Fida no Brasil, Hardi Vieira, e seis integrantes da missão, no auditório da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF).
Esta é uma missão de apoio à implementação ao PVSA e que no fim do ano tem como objetivo fazer um balanço do que já foi implementado, preparar o projeto com acordos, as principais ações e efetuar recomendações e prioridades para o ano de 2020.
Hérbert Buenos Aires deu as boas-vindas à missão e frisou a importância destes dois momentos, quando o Fida e o governo, por meio da SAF, concluem o PVSA. “Para definir onde serão aplicados os últimos recursos, como serão atingidas as metas, sobre o registro das ações e de que forma serão divulgadas, avaliação dos resultados, do impacto e o que nós vamos fazer no próximo anos, já que encerraremos um projeto e durante a missão já estamos trabalhando num novo, o Piauí Sustentável e Inclusivo. O valor total do cofinaciamento do novo projeto com o Banco Interamericano soma recursos de 150 milhões de dólares, o que equivale a R$ 580 milhões, e a carta consulta já foi elaborada e enviada ao Ministério da Economia”, destacou o secretário.
O superintendente da SAF, Francisco das Chagas Ribeiro, falou da importância da presença de dois novos consultores na missão, que já vão fazer um trabalho de coleta de dados para o novo projeto do Piauí, abordando temas fundamentais como impacto ambiental e regularização fundiária. “Essa equipe estará em campo visitando os locais onde terão, principalmente, as obras maiores que são as 15 barragens, já levando as informações básicas para o desenho do projeto que estamos propondo. Já tivemos uma consultoria aqui que nos ajudou a produzir a carta consulta aprovada pela grupo técnico da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) e que deverá ser aprovada pelo plenário da comissão, responsável por dar o aval para o acordo de empréstimo”, pontuou Ribeiro.
Hardi Vieira ressaltou os avanços do PVSA, que está implementando 211 Projetos de Inclusão Produtiva no semiárido do estado, com recursos aplicados nas diversas áreas como ovinocaprinocultura, avicultura, cajucultura, fruticultura, psicultura e mandiocultura. “Vimos também a importância de investimentos mistos que incluem, por exemplo, reuso de água, quintais produtivos e pequenas criações na implementação e no envolvimento, principalmente de mulheres”, destacou o oficial.
Projetos especiais que tratam da agricultura biosalina estão sendo implementados em parceria com o Programa Água Doce (PAD). Foi reforçado o engajamento de comunidades e povos tradicionais e dos jovens nas atividades do projeto. Neste último semestre também vale a pena destacar o apoio direto do Projeto Viva o Semiárido na Rota do Cordeiro e Rota do Mel, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em parceria com o Programa Semear Internacional (PSI).
“O Piauí foi selecionado de modo que as experiências do PVSA ficaram mais conhecidas e os participantes ficaram muito impressionados, principalmente com as ações desenvolvidas com a Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piaui (Ascobetânia) e com a Cooperativa dos Produtores e Produtoras Rurais da Chapada Vale do Rio Itaim (Coovita), que estão se transformando em referência nacional e internacional. Por isso, o MDR e parceiros vieram aqui no estado conhecer de perto essa experiência exitosa de modo que possa ser replicada e disseminada”, enumerou Hardi Vieira.
À tarde, a missão Fida e equipes de consultores do PVSA, o superintendente do Desenvolvimento Rural, coordenador do PVSA, Francisco das Chagas Ribeiro, e o secretário Hérbert Buenos Aires participaram de reuniões administrativas com equipes da Sefaz e Seduc. A programação da missão continua nesta terça feira (17), com agendas marcadas com técnicos da Seplan e Emater.