PIB cresce 0,8% no 1º trimestre puxado pelo comércio, diz relatório do IBGE

Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março, com forte contribuição do setor de serviços.

Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4). Em termos de valores correntes, a economia brasileira totalizou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março.

Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que registrou um aumento de 1,4% no período. A agropecuária também teve um desempenho positivo, com um crescimento de 11,3%. Por outro lado, a indústria apresentou uma leve queda de 0,1%.

COMÉRCIO FOI O GRANDE DESTAQUE

No setor de serviços, o destaque do trimestre foi o Comércio, que cresceu 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também apresentaram crescimento, com altas de 2,1% e 1,6%, respectivamente.

O resultado ficou alinhado com as expectativas do mercado financeiro. Comparado ao primeiro trimestre de 2023, a economia brasileira teve um crescimento de 2,5%, impulsionado novamente pelo setor de serviços. No ano de 2023, o PIB aumentou 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões em termos nominais, o que fez o Brasil retornar ao grupo das 10 maiores economias do mundo.

ATIVIDADES QUE SE DESTACARAM

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, "neste trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna". Sobre as atividades que se destacaram na composição do PIB do primeiro trimestre, da ótica da oferta, Rebeca pontua "o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo".

RIO GRANDE DO SUL

O desempenho econômico no segundo trimestre também deverá refletir as consequências da tragédia causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, além dos impactos humanitários. Recentemente, o Ministério da Fazenda avaliou que o PIB do Rio Grande do Sul, que representa cerca de 6,5% do PIB brasileiro, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, embora essas perdas sejam parcialmente compensadas nos trimestres seguintes.

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