Cinco dia antes da tragédia com o jato no qual viajava o presidenciável Eduardo Campos, um dos pilotos que morreu, Marcos Martins, disse no Facebook que não estava tendo tempo para descansar, devido às viagens que vinha fazendo acompanhando as campanhas eleitorais. "Cansadaço, voar voar e voar . E amanhã tem mais. Recife", postou no dia 8 de agosto, pelo Facebook.
Em outra postagem, ele conta: "Cada lugar. Parece que ainda estou na África. Fim de mundo isto é Nordeste..", referindo-se ao Centro de Arapiraca. Na rede social, ele postou um vídeo de um passeio pela Praia de Copacabana, onde filmou um drone. Em sua página, Martins comentou: "assim fica fácil", referindo-se à simplicidade com que eram feitas as manobras com o aeromodelo por meio de controle remoto. Cinco amigos curtiram a postagem.
O piloto se formou pela Universidade Paulista (UNIP) e fazia parte de um grupo de pilotos experientes. Ele era casado com Flávia Martins e tinha dois filhos menores. Dois dias antes da morte do marido, ela postou por uma rede social que estava com dificuldades de dormir. O outro piloto que morreu foi Geraldo Cunha. Ele dividia com Martins o comando da aeronave.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo confirmou que pelo menos uma caixa preta foi recuperada nos destroços da queda do avião que transportava o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos.Campos e outras seis pessoas morreram no acidente.
Outras seis pessoas que estavam em terra ficaram feridas - cinco delas já tiveram alta. Segundo os bombeiros, a recuperação da caixa preta ocorreu entre o meio-dia e as 13h. O equipamento foi recolhido juntamente com as turbinas da aeronave e entregue a equipes da Aeronáutica. A Polícia Civil paulista chegou a falar em uma segunda caixa preta, mas a informação ainda não foi confirmada. O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que o avião, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h.
O superintendente da Polícia Federal (PF) em São Paulo, Roberto Troncon, que estava em Brasília, embarcou para Santos com 11 peritos que atuarão nas investigações da queda do avião. Entres eles, estão especialistas em identificação por DNA e um especialista em identificação de vítimas de acidentes aéreos. Partes dos corpos foram encaminhadas na noite desta quarta-feira para o Instituto Médico Legal (IML) Central, nas Clínicas, Zona Oeste da capital paulista.