Um piloto da companhia aérea TAM que sobrevoou a região onde ocorreu a perda de contato com o avião da Air France que desapareceu dos radares afirmou ter visto vários "pontos laranja" que podem ser, segundo a Aeronáutica, "pequenos focos de incêndio".
Apesar de ressaltar que este foi apenas o relato de um piloto, a Aeronáutica confirma que o avião da TAM fazia o trajeto oposto ao feito pelo Airbus A330 e avistou os pontos cerca de 30 a 40 minutos após o último contato com a aeronave.
Ainda segundo o piloto, os pontos foram avistados na região de controle aéreo do Senegal, a cerca de 15 minutos da mudança para o controle aéreo brasileiro.
"Antes de entrar em espaço brasileiro, ele viu vários pontos laranja sobre o mar que ele achou muito estranho", explicou o coronel Jorge Amaral, vice-chefe da comunicação da Aeronáutica.
"Ao chegar ao Brasil, sabendo do que estava acontecendo, ele achou que aquilo pode ser - não podemos confirmar ainda - pode ser pequenos focos de incêndio sobre o mar", completou. Segundo ele, os responsáveis pelo controle aéreo daquela região não confirmaram a existência destes focos.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).