Pílula anti-Covid tem registro definitivo aprovado pela Anvisa

Com o novo status de registro definitivo, o Paxlovid pode agora ser utilizado por toda a população, sem a necessidade de critérios específicos listados na bula

Caixas da pílula contra Covid da Pfizer, Paxlovid | Reuters
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo ao medicamento Paxlovid, uma pílula anti-Covid desenvolvida pela Pfizer. Em março de 2022, o medicamento havia obtido apenas autorização em caráter emergencial durante a fase crítica da pandemia de Covid-19.

O Paxlovid já havia sido incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no mesmo ano, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde. Desde 2022, a venda do medicamento em farmácias também estava autorizada.

O registro emergencial, inicialmente concedido, é destinado a medicamentos e vacinas com uso restrito na população, geralmente para grupos de risco bem definidos. Essa modalidade permite ajustes nos critérios de uso emergencial com base em estudos científicos em andamento.

Com o novo status de registro definitivo, o Paxlovid pode agora ser utilizado por toda a população, sem a necessidade de critérios específicos listados na bula. A composição da pílula inclui dois antivirais, nirmaltrevir e ritonavir, agindo eficazmente ao bloquear a replicação do vírus Sars-CoV-2 nas células.

Estudos clínicos confirmaram a eficácia do Paxlovid, revelando uma redução de 89% no risco de hospitalização e cerca de 44% no risco de morte em pessoas vacinadas com mais de 50 anos. A administração do medicamento consiste em um comprimido de 400 mg, duas vezes ao dia, ao longo de cinco dias. É importante observar que seu uso não deve ultrapassar esse período, e não é recomendado para gestantes ou pacientes com insuficiência renal grave.

Pesquisas internacionais indicam que o Paxlovid é eficaz na proteção de pessoas com maior risco de adoecimento grave, como imunocomprometidos, até 28 dias após a infecção. No entanto, em indivíduos com um risco menor, como aqueles com 70 anos ou mais que não foram vacinados, não houve uma redução significativa no risco de hospitalização e morte.

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