O CoiZanossa deste Domingo dá um banho de curiosidades. Começa mostrando uma piscina natural que existe há muitos anos no Parque Nacional de Sete Cidades: a misteriosa Piscina dos Milagres. Os mais antigos moradores da região contam que a piscina, localizada na área de visitação turística da Primeira Cidade, nunca secou. Mesmo nos mais castigantes Verões. O cenário lá é surpreendente e refrescante, uma ilha de verde e energias positivas. Banhar pode. É liberado. Beber não é recomendável: a água é imprópria para consumo humano por conta da elevada presença de ferro na composição.
Das pedras das Sete Cidades vamos desembarcar em uma floresta petrificada que aflora na margem direita do rio Poty, na Zona Urbana de Teresina, capital do Piauí. Descoberta no ano de 1909 pelo geólogo Miguel Arrojado Lisboa, foi constatada uma raridade: muitos de seus troncos petrificados estão em posição vertical, no modo e lugar onde nasceram. Como isso aconteceu? Essa resposta tem 270 milhões de anos.
A Floresta de Pedras ou Floresta Fóssil começou na Era PALEOZÓICA, num tempo em que nem existiam dinossauros. O planeta Terra na época tinha um supercontinente conhecido como Pangea e um único oceano global chamado Pantalassa. A Floresta virou pedra ou fossilizou porque foi rapidamente soterrada em decorrência do impacto de um meteoro com a Terra, o que também causou a extinção em massa de 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, Isso é Incrível.
Para revelar o que a Ciência sabe sobre a Floresta Fóssil, o COIZANOSSA ouviu dois cientistas doutores: os professores Francisco Soares (Botânico da UESPI) e Juan Cisneiros (Paleontólogo da UFPI).
A Floresta Fóssil é uma das ocorrências mais incríveis de floresta petrificada com troncos em posição vertical no mundo. Está dentro da área urbana de uma capital do Brasil a caminho de 1 milhão de habitantes, com acesso por terra e ar e seus segredos soterrados podem revelar preciosas informações e testemunhos sobre como era o Planeta Terra há mais de 250 milhões de anos. Isso significa que a comunidade científica internacional tem elevado interesse em desvendar seus mistérios e o Turismo Científico certamente desembarcaria milhares de turistas de todos os cantos para conhecê-la. E o que está faltando para isso acontecer?
No papel, onde o que for de projeto, análise, estudos e orçamentos deve partir, as soluções para a criação do Parque Floresta Fóssil estão encaminhadas. Na prática, a teoria precisa de atitudes práticas. Para juntar órgãos públicos municipais, estaduais e federais a favor dos troncos de pedra, uma iniciativa cidadã e voluntária chamada Pense Piauí, Grupo Floresta Fóssil, está se movendo muito além do Whatsupp. Já existe até proposta de registro de uma associação, batizada de AMAFÓSSIL. Somando esforços, o Instituto Federal do Piauí (IFPI) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) firmaram (20.5.16) acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de projetos de conservação e proteção do Parque, realizar ações conjuntas de capacitações para pesquisa e aperfeiçoamento de pesquisadores, professores, alunos e corpo técnico do IPHAN. Além disso, estão previstas ações de educação ambiental e eventos para troca de experiências.
Para acelerar atitudes, a Rede Meio Norte soma-se aos que buscam realizar o sonho do Parque Floresta Fóssil implantado e funcionando de modo científico e economicamente sustentável. 250 milhões de anos de espera já são suficientes.
Na série "Gente que é COIZANOSSA", o humorista Clóves Munturil, do núcleo de Humor da Rede Meio Norte, dá um show. Com seu personagem Zé do Ovo, inspirado em um cidadão real, Clóves segue contando piadas, relatos do cotidiano e interagindo de modo surpreendente com o que vai encontrando pela frente. Originalidade e criatividade. Sorriso simples e fácil. Humor é isso. Vale conferir no COIZANOSSA deste domingo.