A Pol?cia Civil de Pereira Barreto, cidade localizada a 625 km de S?o Paulo, abriu inqu?rito nesta ter?a-feira para apurar den?ncias de maus tratos que teriam sido cometidos pelos pais de um adolescente de 16 anos, que foi encontrado amarrado ? cama.
O delegado Jos? Luiz Barboza Junior deve ouvir nesta semana o aposentado N.F.S., 36 anos, e a dona-de-casa, C.M.F.P., 37 anos, pais de R.P.F.S., que foi encontrado por PMs que atenderam a ocorr?ncia, na noite de segunda-feira.
Os policiais foram chamados pela filha de 15 anos do casal depois de um desentendimento familiar. Ao chegarem, os PMs encontraram o garoto amarrado ? cama, pelos p?s e bra?os, com uma corda. O garoto tinha hematomas no rosto e na cabe?a.
Segundo o sargento Luiz Carlos Bolandini, os pais disseram ? pol?cia que tiveram de amarrar o filho para evitar que ele sa?sse ? noite. De acordo com Bolandini, o casal disse que s? amarrando o rapaz conseguiriam impedir que ele sa?sse para "aprontar" nas ruas da cidade. "Eles disseram apenas que o adolescente era problem?tico e n?o falaram se ele usava drogas ou n?o, por exemplo", disse o sargento.
Segundo ele, os pais relataram apenas que o garoto causava problemas a eles e que os enfrentava, mas n?o falou quais eram esses problemas. "Mas quando os PMs chegaram encontraram o garoto calmo", acrescentou Bolandini.
O delegado Barboza Junior disse que solicitou exames de corpo delito para apurar se o rapaz foi agredido e quanto tempo ficou amarrado, mas adiantou que o pai do garoto pode n?o ter cometido qualquer crime, apesar da investiga??o ser mesmo de maus-tratos supostamente cometidos pelos dois. "H? uma grande possibilidade de os pais terem agido dentro do poder familiar que eles t?m de direito", disse o delegado.
De acordo com a Barboza, a pol?cia vai pedir exames psicol?gicos para saber se o garoto ? dependente qu?mico ou se possui algum dist?rbio, al?m de ouvir os pais para sabe se houve mesmo maus tratos contra o adolescente. "Precisamos saber se os pais foram mesmo obrigados a fazer isso ou se exageraram ao amarrar o menino na cama", disse o delegado.