Sete policiais militares estão sendo investigadas por um suposto 'uso indevido' da farda da corporação militar, após terem participado de uma espécie de "desafio" realizado no aplicativo Tik Tok. A Corregedoria Geral da PMPI informou, através de nota, que instaurou um inquérito e duas sindicâncias por uso indevido de uniformes e falta de autorização para utilização dos fardamentos.
O desafio, gravado em abril deste ano, consistia em uma troca de vestimentas. Nos vídeos, as mulheres apareciam com o fardamento da PM e em seguida com outros trajes. Meses depois, as policiais receberam um aviso de que uma portaria seria aberta para apurar a conduta delas no vídeo compartilhado nas redes socias.
O advogado das policiais, Otoniel Bisneto, afirma que nenhuma transgressão disciplinar em relação ao fardamento foi cometida e que as oficiais não deixam de ser mulheres, mães e esposas.
Em nota, a PM informou que a sindicância deve apurar a situação das policiais e negou qualquer tipo de preconceito ou machismo da parte da instituição, afirmando que casos semelhantes na âmbito masculino estão sendo apurados.
Nota do Comando da Polícia Militar do Piauí
A PMPI diante dos acontecimentos relativos à exposição de Policiais Militares nas mídias sociais fardados, presta as seguintes informações:
1. A utilização do uniforme é regida por legislação específica sendo um dos principais símbolos que representam a profissão militar. Ele reflete o valor e a tradição castrense;
2. A utilização de uniformes
representa a legítima autoridade investida pelos poderes constituídos, sendo sua utilização prevista nos regulamentos internos das organizações militares;
3. A apuração de fatos dessa natureza ocorrem em outras co-irmãs visando o respeito aos regulamentos disciplinares das corporações;
4. A Corregedoria Geral da PMPI instaurou no ano de 2020, três ( 03 ) procedimentos administrativos, sendo 01 ( um ) Inquérito Policial Militar – IPM, e 02 ( duas) Sindicâncias por uso indevido de uniformes e por falta de autorização para utilização dos fardamentos. Em que a ampla defesa e contraditório sempre norteiam todos os procedimentos;
5. Diferentemente do que vem sendo divulgado, não existe qualquer espécie de preconceito ou ” machismo” dentro da Instituição, pois casos similares estão sendo objeto de apuração com o efetivo masculino, sempre dentro da legalidade e imparcialidade;
6. Vale salientar que a Sindicância é um procedimento apuratório sumário, que busca subsídios para apurar a existência ou não de irregularidades, vislumbrando critérios objetivos de como se deram os fatos: local, situação e demais dados pertinentes que sirvam de base para a devida tomada de decisão pelo gestor.
Teresina, 03 de setembro de 2020.
ELZA Rodrigues Ferreira – Ten Cel PM Diretora de Comunicação Social