Atualizado às 14h55
Após a reunião com o diretor do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut), Edmilson Carvalho e funcionários do transporte coletivo da capital, a Prefeitura de Teresina decidiu no fim da manhã desta segunda-feira (25), assumir o pagamento do tíquete refeição e do plano de saúde para os operadores do sistema coletivo de transporte. A gestão deve repassar o valor ainda hoje.
Com a deliberação, a expectativa é que motoristas e cobradores suspendam a paralisação das suas atividades e os ônibus voltem a circular na cidade. No entanto, a categoria informou ao Meionorte.com que o movimento continuará. "Continua até que decisões, concretas, diretas e certas venham até nós. Até agora ainda não veio, só promessas por cima de promessas. E com promessas não dá pra fechar", disse Cândido Pessoa, um dos trabalhadores envolvidos na reinvidicação.
De acordo com o secretário de Finanças, Robert Rios, o prefeito Dr. Pessoa determinou que seja repassado mensalmente R$ 600 mil para que possa ser distribuído o tíquete. “O governo Bolsonaro vinha repassando uma ajuda para os trabalhadores do transporte coletivo e a última ajuda no mês de novembro foi interrompida. Agora a prefeitura resolveu assumir isso. O Dr. Pessoa determinou que seja repassado mensalmente R$ 600 mil para que possa ser distribuído tíquete refeição para os operadores do sistema coletivo de transporte de Teresina”, disse.
A reunião também teve como pauta os problemas dos terminais de integração de Teresina. A gestão decidiu criar uma comissão para avaliar de perto o sistema e apontar as devidas soluções. “O Prefeito resolveu pagar o tíquete alimentação dos servidores para que eles possam retornar ao trabalho. Existe o interesse da parte deles em relação ao dissídio coletivo, mas isso eles vão procurar a assessoria jurídica deles para que se resolva. Nós vamos trabalhar em cima dos problemas do Inthegra. Nós temos essa responsabilidade, junto a outros representantes do poder municipal, para apresentar soluções o quanto antes para a sociedade”, informou Cláudio Pessoa, Superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS).
Na reunião, o prefeito apontou para os empresários algumas das principais demandas da população, como o atraso das linhas, longo tempo de espera nos pontos de ônibus, extinção de linhas e circulação dos chamados “corujões”, que circulam em horários alternativos no período noturno. Além disso, Doutor Pessoa reforçou ao SETUT a necessidade de mudanças e melhorias no serviço de transporte público oferecido atualmente aos teresinenses.
Nesta segunda-feira, 25 de janeiro, motoristas e cobradores de ônibus de Teresina resolveram paralisar as suas atividades. A categoria alega que não está ocorrendo o pagamento do plano de saúde e do ticket alimentação. Há menos de 15 dias houve uma paralisação na capital piauiense. A greve não é liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), e sim foi mobilizada pelos próprios trabalhadores afim de obter os seus direitos.
“Se isso não evoluir, no prazo de 30 dias, começaremos a montar o sistema de transporte coletivo. Não será de forma açodada. Veremos a parte jurídica para caminhar dentro da legalidade. Tomarei uma decisão, não vou deixar a sociedade de Teresina clamada e abandonada”, enfatiza Doutor Pessoa.
De acordo com informações da categoria, alguns funcionários estão passando por dificuldades financeiras na alimentação já que não está ocorrendo o pagamento do ticket. Em vídeo divulgado nas redes sociais, os motoristas declaram que a paralisação é geral, com 100% dos ônibus de Teresina e se deu após a retirada da única forma que se tinha de "colocar o pão de cada dia na mesa".