O policial militar Daivid Lopes Athanásio, de 25 anos, foi executado, na noite desta quinta-feira, no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Pelo menos 30 disparos de pistolas foram efetuados contra o policial quando ele saía da padaria do pai, por volta das 20h, na Rua Padre Vieira, número 552, esquina com a Rua Aymorés. Segundo a perícia, pelo menos seis tiros atingiram a vítima, sendo dois no tórax e um na cabeça. Mais de 20 disparos atingiram a lataria do Honda Civic do PM.
Promovido há cerca de um mês, o cabo era lotado no Batalhão de Choque e estava na PM há três anos. Ele chegou a ser levado ao Hospital estadual Alberto Torres pelo próprio tio, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo parentes e amigos da vítima que presenciaram o crime, quatro homens, que chegaram ao local em um Fiat Uno marrom, agiram com extrema violência.
? A vítima não teve chance nenhuma de se defender. Parecia uma praça de guerra ? contou um parente, que presenciou o fato e preferiu não se identificar. ? Queremos justiça! Esses bandidos precisam ser presos e nunca mais sair da prisão ? desabafou.
De acordo com as testemunhas, os atiradores não estavam com o rosto coberto, o que poderá facilitar a identificação através de imagens de câmeras da região, que a Polícia Civil vai solicitar. O caso foi registrado pela Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. O delegado que assumiu as investigações, Marcus Vinícius Amim Fernandes, trabalha com a hipótese de execução.
? Pela dinâmica do evento e pela quantidade de tiros que foram efetuados, trabalhamos com a hipótese de execução. Ainda trabalhamos com a hipótese de os criminosos serem daquela localidade, o que também pode facilitar na identificação e localização deles ? afirmou.
ORDEM DE CRIMINOSOS SERIA EXECUTAR POLICIAIS DA REGIÃO
Moradores de Jardim Catarina temem a ação de bandidos naquela região. Segundo eles, a notícia de que o chefe do tráfico teria dado ordem para matar PMs que moram na localidade vem se espalhando a cada dia. A Divisão de Homicídios também trabalha com essa informação. No caso do cabo Athanásio, testemunhas contaram que, antes da morte do PM, os mesmos criminosos teriam tentado matar um outro policial, que estaria no ponto final do bairro.
? O setor de inteligência já levantou algumas informações de traficantes da região que estariam proferindo ameaças a policiais que moram na localidade. Estamos trabalhando com essa hipótese também. A partir daí, vamos levantar a autoria e tentar conseguir um mandado de prisão ? explicou o delegado.
Ainda não há informações sobre o enterro do corpo do policial que, até as 2h desta sexta-feira, aguardava no hospital para ser encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).