O caso do policial militar Leandro Prior, que pediu afastamento médico após a divulgação em redes sociais de vídeo em que aparece fardado dando um “selinho” em outro homem, segue gerando bastante manifestação pelo país.
Após policiais militares, delegados, bombeiros, agentes penitenciários, e integrantes das Forças Armadas e da área de segurança pública LGBTs fizeram manifestação de apoio, agora foi a vez de Paulo Vaz, de 33 anos, homem transexual e gay, que é policial civil do estado de São Paulo.
"Minha ideia é levantar a bandeira. Quis colocar a cara mesmo e assumir que sou homem trans gay, que estou numa instituição da polícia e estou aqui para ajudar a população. Não tem de ver se a gente gosta de homem ou mulher, tem de ver o nosso caráter", comentou.
Investigador desde abril deste ano da Policial Civil da Delegacia de Ibiúna, na região da Grande São Paulo, Paulo Vaz conta que sempre se sentiu bem-vindo na instituição.
"Eu achava que encontraria muitas barreiras, mas fiquei bastante feliz e surpreso com a recepção dos meus colegas desde o começo. Eu já sabia que há diferença entre as instituições de Polícia Militar e Polícia Civil, mas eu fiquei bastante surpreso", conta.
Sobre Leandro Prior, Vaz acredita que, se ele realmente infringiu alguma regra da PM, é preciso punir todo mundo que faz o que ele fez. "Tem casal hétero que beija o namorado publicamente enquanto usa farda e nunca causou toda essa repercussão", declarou.