São Paulo alcançou índices alarmantes de poluição, posicionando-se entre as cidades com a pior qualidade do ar globalmente, nesta segunda-feira (9). De acordo com a IQ Air, uma empresa suíça que fornece dados ambientais para as Nações Unidas, a capital paulista foi destacada como a cidade mais poluída do mundo durante a manhã. Contudo, ao longo do dia, São Paulo foi superada por Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo.
QUAL MOTIVO?
A crise de poluição em São Paulo é atribuída ao tempo seco e quente, além das queimadas no interior do estado e no Centro-Oeste do Brasil. A presença de algas e o calor também alteraram a coloração do Rio Pinheiros, evidenciando o impacto ambiental das condições adversas.
QUALIDADE DO AR
A IQ Air utiliza dados de diversas fontes, incluindo órgãos oficiais como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), para fornecer uma visão precisa da qualidade do ar.
"O objetivo do ranking das maiores cidades é fornecer um panorama simples, em tempo real, de como está a qualidade do ar nos centros urbanos. Comparar a qualidade do ar apenas entre grandes cidades, ao invés de uma lista exaustiva de todas as cidades [do mundo], nos fornece um panorama conciso, significativo e revelador sobre a qualidade do ar nos centros urbanos ao redor do mundo", explicou Armen Araradian, relações públicas da IQ Air.
NÍVEIS CRÍTICOS DE POLUIÇÃO
Apesar de São Paulo registrar um dos piores índices de poluição entre aproximadamente 120 cidades monitoradas, outras localidades brasileiras também enfrentaram níveis críticos de poluição. Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estão severamente afetadas pela seca extrema e incêndios florestais, enquanto Campinas (SP) sofre com os efeitos das queimadas na Amazônia.
GRAVIDADE
A CETESB informou que, às 16h desta segunda-feira, a qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo foi classificada como ruim ou muito ruim em 20 das 22 estações medidoras. Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão da Qualidade do Ar da CETESB, afirmou que o nível de poluição observado é inédito e não tinha sido registrado nos últimos 40 anos, destacando a gravidade da situação atual.
Com informações do g1