A confus?o que voltou a ser manchete desde a ?ltima segunda-feira, 21, na Vila Camilo, bairro S?o Raimundo, come?ou no final de 2004, quando a administra??o Ricardo Archer entregou ? algumas dezenas de fam?lias a ?rea que teria sido dividida em lotes.
No ano seguinte, iniciou-se a administra??o Bin? Figueiredo que, alegando ter sido irregular e aleat?ria a distribui??o do governo anterior, reintegrou ao patrim?nio do munic?pio a ?rea loteada.
Esta semana, muitos daqueles que receberam peda?os de terra no governo Archer podem ser encontrados entre os que se aglomeram na Vila Camilo desde o dia 21 de abril.
? o caso, por exemplo, da lavradora Raimunda dos Reis Queiroz. ?Ganhei um pedacinho desse terreno, minha nora tamb?m ganhou, a minha filha. Fiquei feliz na ?poca, agora vou ter minha casa, mas o sonho durou muito pouco. Foi uma decep??o que eu tive na minha vida. N?s n?o queremos briga, n?s s? queremos um pedacinho de terra, ? s? isso que n?s queremos?, afirmou Raimunda Queiroz.
Clima ainda ? tensos
O clima ? tenso na ?rea. Tanto que a Prefeitura mandou todos os seus agentes de defesa do patrim?nio p?blico e ainda convocou a Pol?cia Militar. Os agentes est?o acampados debaixo de uma cobertura de lona. A PM, ontem, 22, chegou a armar uma barreira na ponte que leva ao bairro trizidela com o objetivo de interceptar qualquer caminh?o que parecesse transportar poss?veis invasores da Vila Camilo.
?Muita cautela nesse momento. A gente sabe que com a proximidade das elei?es come?a a ter este tipo de movimento, muitos se aproveitando da oportunidade para criar tumulto dentro da cidade e a Pol?cia Militar n?o pode ficar alheia, ela tem que estar a frente pra evitar qualquer viol?ncia, de ambos os lados?, disse o capit?o Joanilson Gusm?o Mota, atual comandante da PM no munic?pio.
Quem tem aparecido para refor?ar o desejo coletivo por um lote reclama de nunca ter sido beneficiado com uma casa do projeto habitacional que est? sendo erguido na ?rea com recursos da Caixa Econ?mica Federal e contra partida do munic?pio.
?? p?ssima minha situa??o, preciso de uma casa e o prefeito n?o me d?. Mas a pol?tica est? chegando. Prometeu que ia d? casa, mas n?o deu. Eu quero uma casa, um terreno, o que ele me der eu quero. S? n?o posso ? ficar na rua com meu filho?, reclamou a lavradora, Fabiana da Silva Cruz, que mora de favor at? a pr?xima semana quando a propriet?ria chegar? de viagem e vai exigir a casa de volta.
Tamb?m n?o h? qualquer explica??o que venha, oficialmente, da prefeitura. ?Eles chegam a? e n?o dizem nada, ningu?m explica nada. J? pelejei demais para ganhar uma dessas casas, fui vigia a?. Nunca consegui nem um terreno, por isso que eu estou aqui?, ressaltou o lavrador, Jos? Maria da Silva.
Recadastramento
O secret?rio de Prote??o ao Patrim?nio P?blico, Antonio Figueiredo, informou que a Prefeitura j? adotou crit?rios para beneficiar aqueles que necessitam de uma casa. ?N?s adotamos o crit?rio de fazer um cadastro dessas pessoas que est?o requerendo lote, que est?o solicitando lotes, para verificar se, realmente, tem ou n?o necessidade para receber esta doa??o?, explicou o secret?rio que adiantou que o prefeito est? disposto a receber uma comiss?o que represente aqueles que querem o loteamento. ?O prefeito est? aberto a receber uma comiss?o pra discutir a quest?o?, frisou.
O secret?rio tamb?m frisou a possibilidade de interrup??o da constru??o das casas da Vila Camilo, caso haja uma invas?o. ?N?o tenha d?vida porque h? um projeto de urbaniza??o, se voc? deixar acontecer uma invas?o vai ficar dif?cil a urbaniza??o?, disse.
Casas para aliados
As pessoas tamb?m est?o reclamando que as casas da Vila Camilo est?o sendo entregues ? gente com alguma rela??o direta com governo, como radialistas, por exemplo.
Quanto a isso, Antonio Figueiredo foi taxativo. ?Toda comunidade de Cod? est? pr?xima do prefeito, agora existe um cadastro de mais de 700 pessoas que est? saindo conforme foi fe