A comissão criada para apurar o trote com menções racistas na Faculdade de Direito da UFMG prorrogou por 30 dias a partir desta sexta-feira (19) os trabalhos de investigação, como previsto pelo regimento interno. O prazo inicial se encerrou ontem, mas os professores Hermes Vilchez Guerrero, Maria Tereza Fonseca Dias e Yaska Fernanda de Lima Santos pediram mais tempo para ouvir todos os cerca de 60 envolvidos e decidir em quais casos cabe punição, que pode variar de advertência até expulsão.
A diretora da Faculdade de Direito, Amanda Flávio de Oliveira, explica que cada atitude dos veteranos é avaliada individualmente e que a decisão deve ser apresentada antes do novo prazo, que se encerra em 19 de maio.
? Eles se esforçaram para cumprir o prazo inicial, mas são muitos envolvidos, com níveis de responsabilidades diferentes, por isso pediram a prorrogação. A punição deve ser individualizada de acordo com o nível de envolvimento.
A ligação de Gabriel Spínola, um dos estudantes flagrado fazendo uma saudação nazista, com o movimentode extrema-direita Patria Nostra pode influenciar o posicionamento da comissão, já que alguns dos envolvidos chegaram a se defender pela internet alegando que o trote representava "apenas uma brincadeira".
A diretora da faculdade, no entanto, evita comentar a situação.
? Os professores ainda não estão seguros sobre o parecer final, por isso pediram a prorrogação. Não saberia comentar casos isolados, acredito que nem eles próprios poderiam neste momento.