Nos supermercados e na Ceasa de Teresina o preço do tomate tem assustado os consumidores e pode perder espaço nas refeições. Na banca de Luzinete Araújo, que há 26 anos trabalha vendendo frutas e verduras, o valor do tomate saltou de R$ 3,50 para R$ 7,00 o quilo. Além dele, o maracujá agora conta com um aumento de 100% do seu valor.
“Até agora não me explicaram o que aconteceu com o tomate e as vendas dele vêm caindo. Estava bem baixo e de repente a caixa que eu comprava por R$ 70,00 foi para R$ 150,00”, contou Luzinete. A maioria das frutas, verduras e hortaliças da Nova Ceasa são provenientes de Tianguá, cidade do Ceará. Ela também informou que a abóbora quase triplicou o preço. De R$ 1,50, o fruto custa atualmente R$ 3,50.
“Foi um aumento demasiado e agora estou diminuindo a quantidade para poder levar para casa. O jeito é pedir um desconto”, disse Linete Vieira, empresária, que conseguiu negociar o quilo do tomate por R$ 6 em uma banca.
Gerson Rios, consultor de negócios da Nova Ceasa, informou que o aumento do preço do tomate pode chegar a 150% e o maracujá a 100%. “Estamos passando pelo inverno nordestino e o volume das chuvas em grande parte do Nordeste, de onde vem a produção da maioria dos produtos de hortifrúti, gera o aumento da umidade”, frisa.
Ele explica que a umidade diminui o prazo válido para consumo adequado desses alimentos, e então eles passam a se tornar ainda mais perecíveis.
Diante disso, o custo x benefício acaba sendo pouco atraente. “É uma mercadoria que estraga rápido e a gente tem que fazer o giro rápido, vendendo com um desconto que acaba prejudicando a gente”, expressa o vendedor Josiel Araújo.