O antigo prédio do Ministério da Saúde, localizado na Praça João Luís Ferreira, situado na região central de Teresina, tem causado transtornos ao público em geral, desde quem passa pela praça, a funcionários e empresários que trabalham próximo ao trecho.
Além do grande risco de desabamento, o prédio, que está sem teto e está com infiltração, é uma fonte certa de acúmulo de lixos, água parada e mosquitos, inclusive o Aedes aegypti, principal transmissor da dengue e da febre Chikungunya.
O espaço teve portas e janelas levadas por vândalos, foi alvo de um possível projeto, a construção de um Centro Cultural, chegando até a ser isolado por tapumes. No entanto, tudo não passou de promessas.
O fato é que o prédio continua abandonado, sem nenhuma utilidade social, servindo apenas de ponto de comércio e abrigo para usuários de drogas.
Tudo isso tem preocupado os funcionários e empresários, principalmente, o proprietário de uma ótica, Delfino Vieira Neto, que é vizinho do prédio abandonado e teme o seu desmoronamento. Ele já contabiliza prejuízos, como alguns produtos e paredes danificadas pela ação da água, da infiltração e do mofo oriundos deste.
“O que todos temem aqui é o desmoronamento deste prédio, já buscamos o dono, mas ninguém quer se responsabilizar por ele. O fato é que além dele estar prestes a cair, tem prejudicado o meu estabelecimento que tem sofrido com a infiltração vinda de lá".
As paredes e inclusive alguns dos meus produtos estão se danificando. Eu espero que alguém tome as devidas providências, porque essa situação não dá mais”, desabafa Delfino Vieira Neto.
Já Wilson Alves, vendedor da banca de Jornal, garante que todos que trabalham no trecho temem a queda do prédio e confessa ainda ter medo de alguma tragédia, devido ao intenso fluxo de pessoas no local.
“A última empresa que ficou responsável pela reforma, apenas tirou todo o alicerce de cima do prédio, e quando chove acumula água e sujeira. O prédio ainda está velho e a gente não sabe a sua real situaçã.
A gente tem trabalhado aqui completamente com medo de acontecer alguma tragédia, ainda mais porque o fluxo de gente é constante aqui. Simplesmente a gente fica sem saber o que fazer e a quem recorrer”, destaca Wilson Alves.
A Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU/Centro-Norte) foi procurada pela equipe do Jornal Meio Norte e afirmou que não lhe cabe tomar qualquer medida.
Já o Ministério Público e a Vigilância Sanitária, que também foram procurados para comentar o caso e ver quais os atuais encaminhamentos, não deram retorno.
Relógio da Praça Rio Branco está sem manutenção há anos
Há mais de cinco anos, o relógio da Praça Rio Branco marca 12h50, deixando populares confusos em relação ao horário correto, sendo exemplo de descaso com o patrimônio histórico de Teresina, em especial no centro da cidade, que aos poucos vem sendo depredado.
Construída em 1969 a "coluna da hora", mais conhecida como Relógio da Vermelha, marca um horário diferente em cada ângulo, muito embora a hora seja a mesma nos últimos cinco anos.
Com o intuito de resolver o problema, o vereador Inácio Carvalho (PP) vai requerer junto à Prefeitura de Teresina, bem como à Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) para que sejam realizadas as devidas manutenções nos relógios localizados na Praça Rio Branco e em frente à Igreja da Vermelha.
De acordo com o parlamentar, os relógios de Teresina fazem parte do patrimônio histórico da cidade, tendo em vista que os monumentos carregam as características arquitetônicas e os costumes sociais quando da fundação da capital.
O conserto dos equipamentos é uma reivindicação antiga do parlamentar, que alega que, aos poucos, a história da população teresinense vai se perdendo em virtude do Executivo Municipal não prestar a devida manutenção aos relógios.
"Antigamente, as pessoas marcavam encontros com base nos grandes relógios da cidade. Sei que hoje todo mundo tem um relógio de pulso ou mesmo um celular, mas os relógios da capital também servem para nortear os transeuntes, além de serem verdadeiros símbolos de uma Teresina que só as pessoas de mais idade recordam", finaliza Inácio Carvalho.