O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), vai despachar com secretários do governo na tarde desta quinta-feira (12) da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês, na região Central de São Paulo. Nesta quarta (11), ele teve um sangramento no fígado durante procedimento de demarcação tumoral. As informações são do IG.
Covas recebe, a partir das 14h30, três secretários e o chefe de gabinete. Na quarta, Covas teve um sangramento no fígado durante um procedimento para o tratamento do câncer. Segundo boletim médico, o sangramento foi controlado e o objetivo da internação na UTI é para monitoramento.
"Após procedimento para demarcação da lesão tumoral, o prefeito Bruno Covas apresentou sangramento intra-hepático, controlado por arteriografia e embolização do foco de sangramento (procedimento minimamente invasivo). O paciente foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo com o objetivo de monitorização constante", diz o boletim médico desta quarta-feira.
De acordo com a equipe médica, Covas acordou bem nesta manhã e está disposto. Ele, que tinha sido entubado durante cauterização de artéria para estancar o sangramento do fígado, já respira sem o auxílio de aparelhos.
O prefeito foi internado no último domingo (8) para a realização de alguns exames e dar continuidade ao tratamento de câncer com quimioterapia. Na terça-feira (10), ele começou a quarta sessão de quimioterapia para tratar o câncer na cárdia - transição entre o esôfago e o estômago - com metástase no fígado. O tratamento, iniciado há seis semanas, deve durar quatro meses com o total de oito ciclos de quimioterapia.
De acordo com o médico David Uip, o sangramento foi causado durante a demarcação do tumor, quando uma agulha é colocada no carcinoma para identificar o tamanho dele.
“Foi um sangramento mecânico. O grampo, que é uma espécie de clipe metálico, em algum momento furou uma artéria intra-hepática. O sangramento foi detectado na tomografia. É uma coisa difícil, mas que pode acontecer quando se faz esse procedimento”, disse Uip.
O procedimento para estancar o sangue durou cerca de duas horas e acabou às 18h30 desta quarta-feira, ainda segundo o médico. Até este horário, o prefeito permanecia entubado, o que é normal em procedimentos como esse, de acordo com o médico. "O prefeito nesse momento está bem", acrescentou Uip.