A população do entorno do bairro Planalto, zona Leste de Teresina, está assustada com o volume do matagal existente em terrenos nas Ruas Acésio do Rêgo Monteiro e Samuel Morse, que mais a frente se transforma em Laurindo de Castro. O mato salta dos terrenos e já invade as ruas, que são de calçamento, dificultando a passagem de veículos.
Este é apenas um exemplo da falta de zelo dos donos de terrenos da capital. Para se ter ideia da dimensão do problema, em Teresina, somente em 2018, 217 proprietários de terrenos baldios foram notificados em decorrência do acúmulo de lixo, mato e descaso com muros de imóveis e terrenos abandonados.
No caso das ruas do Planalto, o mato está de um jeito que a Rua Acésio do Rêgo Monteiro, por exemplo, não possibilita mais a passagem de dois carros, um em cada mão. É preciso passar um de cada vez, o que também facilitaria a ação de assaltantes.
É o que conta o enfermeiro Gabriel Lima, que mora próximo da região. “Eu vinha de ônibus do posto de saúde, mas não rola mais porque tenho medo de atravessar aqui depois que escurece. Uma funcionária do apartamento ao lado do meu já foi assaltado e tomaram o celular dela”, explica.
O mato deixa a rua muito escura, encobrindo a luz dos postes. “É assustador. Principalmente porque na região existem muitos usuários de drogas, que ficam perambulando aqui durante a noite. O pessoal tem coragem mas nem de ir na praça aqui perto passear com o cachorro”, avalia Gabriel.
Procurada pela reportagem, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Leste (SDU Leste), por meio da Gerência de Fiscalização e Controle informou que enviará uma equipe ao local para averiguar a situação dos terrenos. Caso necessário, o fiscal da Gerência notificará os proprietários para promover a capina, consequentemente, regularizar a situação.
Essa prática é regulamentada pela Lei Complementar n° 3.610/07 do Código de Postura do Município. O código prevê que os terrenos devem ser conservados, limpos, murados e com calçada construída. Para casos de denúncia ou informações que auxiliem na fiscalização, a Superintendência disponibiliza os números (086) 3215 7875 e (086) 3215 7874.