Após assumir a presidência do Banco do Brasil, Rubem Novaes declarou nesta segunda-feira (7) que o Banco do Brasil estará livre de "interferências políticas" em seu discursos durante a cerimônia de transmissão de cargo. O novo dirigente do principal banco do país afirmou, ainda, que vai vender ativos da financeira, mas que não negociará o que julga as "joias da coroas".
Ao discursar na solenidade, ele afirmou que empresas de capital aberto e controle da União – como o Banco do Brasil – nem sempre mantiveram uma boa relação entre os acionistas privados e o controlador.
"Esse é o drama de todas as empresas estatais de capital aberto, uma anomalia. Subordina administradores a dois patrões que raramente comungam de objetivos comuns. Estou livre deste drama, pois o mandato que recebo é plenamente compatível com o interesse de [acionistas] minoritários", declarou Novaes.
O novo dirigente do Banco do Brasil afirmou ainda que a nova administração da instituição pública não pretender "vender as joias da coroa, deixando-o fragilizado", mas admitiu que pretende vender "alguns ativos".
"O mandato é de rígida austeridade de maximização de valor respeitada a transparência. Entendemos que alguns ativos dos banco não guardam sinergia com os objetivos principais e, nesses casos, consideraremos os desinvestimentos", enfatizou.
O novo presidente do Banco do Brasil não citou quais ativos da instituição financeira podem ser vendidos ao setor privado. Após a cerimônia, em entrevista coletiva, porém, ele disse que a administração de fundos, os meios de pagamento, a parte de seguridade e de crédito para pessoa física e pequenas e medias empresas, são as áreas mais rentáveis, consideradas como as "joias da coroa".
Ao discursar na cerimônia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, quando as instituições publicas são "capturadas por desígnios políticos, elas perdem o rumo". Comandante da economia na gestão Jair Bolsonaro, Guedes ressaltou que isso não acontecerá com o Banco do Brasil no novo governo.