A polícia prendeu um terceiro suspeito de participação na morte da família encontrada carbonizada no porta-malas de um carro, na madrugada do dia 28, em São Bernardo do Campo (ABC). Ana Flávia Menezes Gonçaalves, 24 anos, filha do casal e irmã de uma das vítimas, e a namorada dela, Carina Ramos, 31, estão presas desde quarta-feira passada (29). As informações são do Agora São Paulo.
Segundo apurou a reportagem, Carina afirmou que ele é seu parente e que teria entrado na casa da família, no condomínio Morada Verde, em Santo André, com outros dois assaltantes, no carro de Flaviana Gonçalves, mãe de Ana Flávia e uma das vítimas –a mulher de 40 anos, que era comerciante, estaria voltando do trabalho por volta de 22h36 da segunda (27).
Os outros dois mortos são Romuyuki Gonçalves, 43, e o filho Juan, 15, pai e irmão de Ana Flávia. O suspeito que teve a prisão decretada estaria armado com uma pistola calibre ponto 40, segundo disse Carina no depoimento.
Uma testemunha, conforme afirmou a polícia na semana passada, contou ter visto um homem alto, com cerca de 1,90 metro de altura, na frente da casa. Ele teria ajudado a carregar grandes embrulhos para o veículo, estacionado com o porta-malas para a frente do imóvel.
O carro da família, um Jeep Compass, passou pela portaria por volta de 1h15, logo atrás do Fiat Palio de Ana Flávia. O Jeep, segundo depoimento de um porteiro do condomínio, era dirigido por Flaviana. A polícia investiga se ela levava o marido e o filho mortos. O veículo foi encontrado em chamas por volta das 2h30 na estrada do Montanhão, em São Bernardo.
Contradições
Carina entrou em contradição no depoimento dado na sexta passada. Na primeira vez que elas foram ouvidas pela polícia, logo após as prisões, disseram que a família havia sido morta por causa de uma dívida de R$ 200 mil com um agiota.
O caso agora é o investigado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Também nesta segunda-feira, a polícia divulgou fotos e um vídeo com a casa da família, em um condomínio em Santo André. O local estava todo revirado como se se as vítimas tivessem sido vítimas de um assalto.
Além do mandado de prisão, a Justiça expediu outro de busca e apreensão na casa do homem preso. A intenção é recuperar dinheiro, joias e uma espingarda, que teriam sido levados da casa das vítimas no dia do crime, além de reunir provas que ajudem nas investigações.
O advogado Lucas Domingos, que defende Ana Flávia e Carina, afirmou que suas clientes são inocentes.
Ele se reuniu no fim de semana com mais dois advogados para estudar o inquérito policial do caso. Nesta segunda, ele chegou ao COI acompanhado do advogado Sebastião Siqueira, que afirmou que ainda vai inteirar sobre o caso. “Ainda não fui constituído [para fazer a defesa das suspeitas].”