O homem preso preventivamente por matar a funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos, é tratado pela polícia como "maníaco em série". As informações são do G1.
Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, foi detido na segunda-feira (26). Ele admitiu também ter sido o responsável pela morte de Genir Pereira de Sousa, de 47. A empregada doméstica desapareceu em 2 de junho e o corpo dela foi encontrado 10 dias depois.
O delegado Veluziano Castro, um dos responsáveis pela investigação, disse que o suspeito confessou os homicídios, mas negou a violência sexual contra Letícia.
"É comportamento de maníaco em série, perfil desviado, embora saiba perfeitamente de tudo que faz."
Ainda segundo a polícia, Marinésio permaneceu em silêncio quando confrontado com algumas provas do crime, como as imagens em que o carro dele aparece gravado por câmeras.
Outras vítimas
Além do homicídio das duas vítimas já identificadas – Letícia e Genir –, a polícia passou a investigar uma possível relação entre o suspeito e crimes cometidos há, pelo menos, cinco anos.
"A inteligência da polícia reabriu inquéritos de 2014 e 2015 que estavam para ser arquivados por falta de indícios de suspeitos", afirmou Castro.
Ainda de acordo com o delegado, o modo de operação usado pelo agressor, a semelhança entre os carros usados nos crimes, a causa das mortes das vítimas – por asfixia – e o local onde foram encontradas (Planaltina e Paranoá) apontam a possível participação dele nos crimes.
Apesar da suspeita, ainda é necessário aguardar a nova análise de laudos periciais sobre as mortes dessas mulheres. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
Se comprovada a autoria no caso das duas vítimas já identificadas, Marinésio deve responder por feminicídio, ocultação de cadáver e, possivelmente, estupro.