O III Encontro Piauiense de Vigilância em Saúde e a III Jornada Piauiense em Saúde do Trabalhador, que ocorreram simultaneamente, segunda-feira (06), em Teresina, tiveram como pontos de discussão a prevenção e a conscientização da população para produção, comercialização e consumo de alimentos ou mesmo quanto ao manuseio de determinados equipamentos. O encontro deve seguir nesta terça-feira (07).
A solenidade de abertura do evento, contou com a presença do governador do Estado Wellington Dias, que destacou a importância da prevenção de doenças e da conscientização sobre a procedência dos alimentos consumidos.
“A prevenção é feita com a conscientização. Desde um camelô que vende comida na rua, se ele obedece as regras de higiene, vai gerar renda e alimentar, a preço popular, as pessoas. Se não cumpre as regras da vigilância, muitas pessoas vão adoecer, quem sabe com doenças que possam ser retransmitidas e levar a gravidade. Assim como tudo o que é produzido, brinquedos e equipamentos. A ideia é gerar mais qualidade de vida”, esclarece o governador.
Para a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, a qualidade de saúde não se refere apenas à assistência dada aos pacientes no interior dos hospitais, mas sim em medidas preventivas. “Quando falamos em saúde, nos referimos a cuidar, e cuidar preventivamente. Não podemos falar em saúde apenas em assistência em hospital. Essa só deve ocorrer quando a prevenção falha e é esse o motivo de discutirmos todas as formas de prevenção, com o objetivo de diminuir o risco da população para que ela não necessite do nosso leito hospitalar”, destaca.
Segundo Roque Veiga, assessor da coordenação geral da Saúde do Trabalhador, é necessário promover ações que previnem acidentes e doenças na população. “O que procuramos enfocar é a oportunidade de visibilizar as ações de vigilância de saúde, que trata da sanitária, da epidemiológica, do ambiental e também da saúde do trabalhador. O nosso país não tem a cultura da promoção de saúde, vigilância ou de prevenção. E precisamos mudar isso” pontua.
A discussão foi proposta pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Diretoria de Vigilância Sanitária do Piauí (Divisa), o qual convidou os demais órgãos relacionados à saúde no Estado, como Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Fundação Municipal de Saúde e outras.
Além disso, durante a abertura, o grupo de Teatro Artes Cênicas de Saúde (TACS) apresentaram uma peça, debatendo os perigos que a população enfrenta no dia a dia ao consumir alimentos sem fiscalização.
Anvisa busca desburocratizar comercialização de produtos agrícolas
Dentre os órgãos que participaram do debate de prevenção e conscientização do comércio e consumo de alimentos ou produtos, está a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na oportunidade, foram discutidos o tratamento fornecido ao microempreendedor individual e ao agricultor familiar.
Segundo Rosilene Mendes, responsável pela Articulação e Relação Institucional da Anvisa, a intenção é tirar da informalidade trabalhadores e produtores da agricultura familiar, num processo de desburocratização do comércio.
“A Anvisa, em consonância com o programa Brasil Sem Miséria implementou a Resolução (RDC) N° 49, que vem ao encontro das demandas dos municípios que é amparar os pequenos negócios com isenção de taxas, simplificação de procedimentos, trazendo os produtores para a formalização, que na maioria das vezes, estão informais perante a Vigilância Sanitária”, ressalta.