Nesta sexta-feira (10), a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, concedeu aprovação à primeira vacina contra a chikungunya. Denominada Ixchiq, a vacina de dose única é destinada a indivíduos com 18 anos ou mais que residam em áreas propensas ao vírus, como é o caso do Brasil.
Desenvolvida pelo grupo Vanlneva, uma fabricante de vacinas da Áustria, a vacina conta com uma versão atenuada e viva do vírus chikungunya, sendo o Instituto Butantan no Brasil um parceiro dessa produtora.
No Brasil, a chikungunya surgiu há uma década e, desde então, disseminou-se por todos os estados, afetando 60% dos municípios do país. Ao longo desse período, sete surtos foram registrados, com picos durante os primeiros meses do ano, especialmente durante a estação chuvosa.
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e do vírus Zika, a infecção já resultou em mais de 1,1 milhão de casos e 909 mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Até meados do primeiro semestre deste ano, foram registrados 53 mil casos prováveis, representando um aumento de 98% em comparação com o mesmo período de 2022. A região Sudeste lidera em incidência, com 42,6 casos prováveis por 100 mil habitantes.