O procurador do município de Teresina, Marcelo Mascarenha, denuncia que a Jelta Veículos, localizada na avenida João XXIII zona Leste da capital, por pouco não ocasionou uma tragédia em sua família. Segundo Marcelo, uma possível "revisão mal feita" em seu veículo, mostrou a “incompetência e o serviço de baixa qualidade prestado pela concessionária”.
O episódio teve início no último dia 29 de dezembro, quando o advogado levou seu veículo Línea prata, ano 2013, para que os mecânicos da oficina autorizada pudessem realizar uma revisão. Para a surpresa de Marcelo o veículo foi entregue ainda no final da tarde do mesmo dia, e a partir daí já surgiu a desconfiança.
"Quando cheguei lá pedi para que fizessem balanceamento e alinhamento, mas o mecânico me disse que não era necessário porque eu havia feito em outubro. Como era uma revisão de 45 mil quilômetros já fiquei surpreso com isso", disse em entrevista ao portal de notícias O Olho.
Com viagem programada para o litoral do Piauí no dia 2 de janeiro, Marcelo então foi surpreendido. Ao chegar na localidade Poço de Pedras, cerca de 10 km distante do centro de Altos, um estouro quase provocou uma tragédia. O pneu dianteiro ficou totalmente destruído, e os outros quatro desgastados.
"Quando entrei em uma curva o pneu estourou, puxei o carro pro acostamento e se não estivesse seguindo em baixa velocidade teria sido uma tragédia. Estava no carro com minha esposa grávida de cinco meses, meu filho de cinco anos, uma irmã e um sobrinho. Todos ficamos assustados", disse. Com apenas um pneu de reserva no veículo, o procurador afirmou que teve que andar até o município de Piripiri, quase 100 km depois, para conseguir trocar as quatro rodas.
Ao voltar para Teresina a surpresa foi maior. Com as imagens dos quatro pneus desgastados, o advogado foi relatar ao gerente da concessionária o problema. Durante a conversa e com todos os documentos em mãos, o gerente não quis assumir a responsabilidade, e disse que a culpa seria do dono do veículo, que teria extrapolado a vida útil dos pneus que é de 30 mil quilômetros rodados.
"Expliquei toda a situação para ele, mas ele disse que eu estava mentindo. Me acusaram, e pediram as cópias do manual onde dizia que o alinhamento e balanceamento faziam parte da revisão. Ele é quem queria que eu me explicasse, onde na verdade eu é quem queria uma explicação. Se até os pneus não foram revisados, como é que eu poderia acreditar que as outras partes foram revistas, porque qualquer revisão onde o carro for levantando, o mínimo que se ver é o estado de conservação dos pneus", afirma.
Após o impasse com a concessionária, Marcelo Mascarenhas afirma já ter entrado em contato com Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC) da FIAT nacional para relatar o problema. "A concessionária não se esforça para resolver os problemas, então tive que acionar o SAC nacional da FIAT e também vou acionar judicialmente, porque eles colocaram minha vida e de minha família em risco", finaliza.
A reportagem tentou contato com a concessionária Jelta Veículos no número 3131-6750, mas não teve as ligações atendidas.
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