O número aponta alta de 32,5% no confronto com fevereiro e de 20,3% no comparativo com igual intervalo no ano passado. Já no primeiro trimestre deste ano, a produção cresceu 24,4% ante o mesmo período em 2009, atingindo 826.669 unidades e batendo novo recorde, ultrapassando os três primeiros meses de 2008.
As exportações tiveram acréscimo de 82,7% no acumulado do ano (159.152 unidades). Em março (57.929), as vendas para o mercado externo subiram 9,4% ante fevereiro e 66,6% frente ao mesmo mês em 2009.
O número de empregados nas montadoras somou ao final do mês passado 127.764 trabalhadores, quantidade superior à registrada em fevereiro (126.791), mas ainda abaixo do contabilizado em outubro de 2008 (131.717), quando houve o agravamento da crise internacional.
Venda
O emplacamento de veículos cresceu 17,9% no primeiro trimestre, no confronto com o mesmo intervalo no ano passado, batendo o recorde para o período --que pertencia a 2009-- com a venda de 788.007 unidades.
Março isoladamente também apresentou a melhor marca mensal, com o impulso aos licenciamentos dado pelo último mês de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido, atingindo 353.738 veículos.
O montante é 14,6% superior ao recorde anterior, que havia sido batido em setembro passado (308,7 mil unidades). Naquele mês, também houve corrida dos consumidores às concessionárias por causa do tributo, cuja alíquota voltou a subir gradualmente em outubro.
A partir deste mês, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas tiveram a alíquota elevada de 3% para 5%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passou de 7,5% para 11%. Para caminhões, a isenção do tributo permanece até junho, quando a alíquota retorna a 5%.
O incentivo, concedido em dezembro de 2008 e que até o final de 2009 valia também para os carros a gasolina, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise econômica e estimular as vendas no setor.
A medida surtiu efeito, e os emplacamentos apresentaram um acréscimo de 11,4% no ano passado ante 2008, registrando o terceiro recorde anual consecutivo, com 3,14 milhões de unidades.
Confiança
De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas), as indústrias de bens de consumo duráveis atingiram em março 90,9% de utilização da capacidade instalada, influenciadas pelo fim da redução de IPI para veículos e móveis. Na média, o uso ficou bem abaixo desse patamar (84,3%).
A confiança dos empresários desse segmento, aliás, caiu 4,4% entre fevereiro e março, ante um crescimento de 0,6% do índice geral. Para Aloísio Campelo, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, "essa pequena queda se deve à expectativa do que vai acontecer com o fim do benefício fiscal, mas o impacto deve ser moderado".
O efeito, na sua avaliação, será atenuado pelo crescimento da massa salarial, a geração de empregos e a redução da inadimplência.