A professora Rosileide Queiroz de Oliveira, de 38 anos, baleada por um aluno de 10 anos dentro de uma escola em São Caetano do Sul, no ABC, aceita encontrar os pais do garoto que se matou em seguida. A informação é da irmã mais nova da pedagoga, a vendedora Regiane de Oliveira, 33 anos.
?A vontade da minha irmã [Rosileide] é mesmo de encontrar os pais de Davi. Ela quer falar com eles, abraçá-los. Quando minha irmã se sentir à vontade para isso vamos procurar os pais do menino e promover esse encontro. Mas tudo depende do tempo dela, que ainda está abalada com essa tragédia e não entende porque ela foi baleada pelo Davi e por que ele se matou. Para ela é algo inexplicável até porque o menino tinha bom comportamento e nunca teve problema com ela?, disse Regiane.
O guarda-civil Milton Nogueira, 42, e a babá Elenice, 38, pais de Davi Mota Nogueira, já haviam manifestado interesse em encontrar a professora Rosileide em outras entrevistas à imprensa. Eles diziam que queriam também abraçar a professora e pedir desculpas a ela pelo que o filho do casal fez. Em entrevista ao programa "Mais Você, nesta sexta, os pais de Davi pediram que a professora não deixe de dar aulas e volte ao trabalho quando se recuperar.
Alta médica
Após uma semana internada e duas cirurgias realizadas (uma para a retirada da bala do quadril, e outra para recuperar o joelho esquerdo fraturado por conta da queda na sala de aula após o disparo), Rosileide teve alta medica na tarde de quinta-feira (29) do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Antes de sair sem falar com os jornalistas, a professora divulgou uma carta que foi entregue à imprensa pela assessoria do HC. Na carta, ela agradecia aos alunos, professores, policiais e médicos que a ajudaram.