O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) deve apresentar, ainda nesta segunda-feira (3), uma nova contraproposta ao governo federal. Os professores universitários federais ligados ao sindicato estão em greve há 110 dias e não aceitaram a última proposta feita pelo MEC (Ministério da Educação) e pelo Ministério do Planejamento, que prevê reajustes entre 25% e 40%, nos próximos três anos e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13.
Representantes do comando de greve passaram o final de semana reunidos para analisar o resultado das assembleias em cada Estado. A paralisação ainda afeta 80 intuições de ensino superior entre universidades e institutos tecnológicos federais.
Na última contraproposta, o Andes afirmou que abriria mão do aumento salarial para que fosse discutida a reestruturação da carreira. O MEC, porém, disso que não voltaria a negociar, alegando que o acordo firmado com outro sindicato, o Proifes (Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) atende a todos os professores, independente do sindicato.
Os docentes chegaram a entregar um documento para a presidente Dilma Rousseff, pedindo que fossem retomadas as negociações.
Enquanto isso, oito universidades aceitaram a proposta e começaram a estruturar o calendário de aulas, que foram comprometidas durante a paralisação.