Ontem (23) a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI) esteve reunida em vigília para acompanhar as negociações e uma possível proposta do governo federal diante das reivindicações da categoria.
Os professores das 57 universidades federais em greve estão realizando assembleias para deliberar sobre o acordo apresentado pelo governo no último dia 13/07 às entidades do setor de educação.
?Um documento será entregue ao governo pelo comando nacional de greve, intitulado Resposta do Comando Nacional de Greve/ Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (CNG/ANDES-SN), dividido em três partes: principais motivos de reprovação da proposta do governo federal; pontos para a exigência de avanço nas negociações com o objetivo de reestruturar a carreira docente e pontos para a exigência de negociações para valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas Instituições Federais de Ensino, explica o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo.
O ministro da Educação, Aloizio Mercandante e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciaram reajuste salarial de 45% até 2015 e redução da carreira de 17 para 13 níveis para os professores das Universidades Federais.
Segundo o Andes-SN, esse reajuste atingiria apenas 7% dos professores (titular) de cada universidade. Os outros cargos e níveis teriam aumento inferior à inflação, gerando perda salarial para o período de 2010 a 2015, durante o qual os reajustes serão concedidos.
A proposta ainda cria cláusulas de barreira para que todos os professores possam atingir o topo da carreira, independentemente da sua titulação, veda a possibilidade de promoção aos professores em estágio probatório, descaracteriza a dedicação exclusiva por meio da restituição por projetos e prejudica os professores aposentados, especialmente os que já ficaram retidos na classe de adjunto.
Uma nova assembléia esta marcada para a próxima quinta-feira (26/07), na ADUFPI, às 15h para deliberar sobre a nova proposta apresentada pelo governo federal às entidades do setor da educação.As negociações dos docentes do ensino superior federal com o governo ainda estão acontecendo.