Profissionais da Saúde orientam população sobre a tuberculose em Teresina

A tuberculose é uma doença que tem cura, mas a falta de conhecimento a respeito da doença ainda é grande

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Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), médicos e enfermeiros, realizaram na manhã da terça-feira (24), na entrada do Shopping da Cidade, localizado na região central de Teresina, atendimentos, orientações, distribuição de materiais educativos e ainda encaminhamentos para exames, em casos de pessoas com sintomas da doença.



A tuberculose é uma doença de cura completa e sem riscos de recidivas, cujo tratamento é gratuito. Normalmente diagnosticada em pessoas que apresentam tosse com expectoração, que duram de três semanas ou mais.

Quanto ao tratamento, é realizado em Unidades Básicas de Saúde, após realizar o exame para confirmação do diagnóstico, e assim, dar início ao tratamento com medicamentos disponíveis.

O coordenador do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Gilvan Carvalho, explica a mobilização realizada no Shopping.

“Esta atividade já faz parte da rotina dos profissionais do Programa Saúde da Família e, hoje, em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose estamos fazendo a campanha no Shopping da Cidade.

Hoje, a tuberculose tem cura e pode ser diagnosticada através de um exame simples de escarro, onde o resultado sai pelo mais ou menos em 24h a 48h e o principal sintoma da doença é aquela tosse com catarro, com duração de três semanas ou mais“, esclarece Gilvan Carvalho.

Para o coordenador do programa, o preconceito ainda existente quanto à Tuberculose, é devido à falta de conhecimento a respeito da doença. Dados preliminares da Secretaria de Saúde do Estado apontam que foram confirmados 682 novos casos da doença em 2014.

“O preconceito é um dos problemas que se observa hoje, mas que somente com atividades educativas e informações é que a gente vai barrar tal prática.

Vale lembrar que um ídolo musical da atualidade, o cantor Thiaguinho, teve a doença e tratou. E inclusive, foi a público dizer que não é um bicho de sete cabeças.

O tratamento é feito por meio de medicamentos consumidos por via oral, fornecidos gratuitamente nos postos de saúde. Trata-se de um tratamento prolongado, que deve ser cumprido, rigorosamente, durante seis meses, para que o paciente se cure.

Teste rápido de HIV é realizado no Shopping da Cidade

Na oportunidade, a convite da coordenação do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, a coordenação do programa contra a Aids, da Fundação Municipal de Saúde, também realizou atividades de mobilização de combate a doenças sexualmente transmissíveis, com maior destaque, ao vírus HIV.

De acordo com Andrea Lopes, coordenadora do programa contra a AIDS, da Fundação Municipal de Saúde, a equipe distribuiu preservativos, material educativo e, além disso, está realizando o teste rápido de HIV, utilizando as recomendações do Ministério da Saúde.

"Realizamos o teste rápido de HIV e a distribuição de 2 mil preservativos. Quanto ao teste, este detecta se a pessoa tem o vírus HIV, que é o vírus da Aids. Ele é feito num curto período de tempo, no máximo 25 minutos para a pessoa receber o resultado.

É um teste sensível, conforme as recomendações do Ministério da Saúde que, antes de mais nada, se faz um aconselhamento, com perguntas sigilosas, em relação à exposição sexual, e em seguida, a pessoa passa para a coleta de sangue, que consiste na retirada de uma gotinha de sangue. Após o resultado, ainda temos o aconselhamento", explica Andrea Lopes.

A Coordenadora do Programa contra a Aids revela que o público com maiores índices da doença são os heterossexuais e garante que, apesar de não ter cura, há tratamento para que o paciente possa conviver melhor com o vírus.

"Infelizmente, a Aids é uma doença considerada crônica, que veio para ficar. E hoje em dia, o público formado por pessoas heterossexuais correspondem ao público de maiores índices.

Apesar de ainda não ter cura, as pessoas que adquirem o vírus HIV, podem conviver bem com o vírus, caso faça o devido tratamento, assim que descoberta", destaca Andrea Lopes.

Hanseníase e tuberculose serão temas de Fórum da Saúde

Tendo vista dados divulgados, recentemente, quanto a novos casos de hanseníase e tuberculose no estado do Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde está promovendo o II Fórum Integrado Estadual de Tuberculose e Hanseníase, que iniciou ontem (24) e segue até hoje (25), no auditório do Tribunal de Contas do Estado.

O evento, que tem como público-alvo os profissionais da saúde do estado, principalmente aqueles que atuam na atenção básica, visa ampliar a perspectiva de controle das doenças no Estado.

Segundo Karina Amorim, da coordenação de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado, a ideia do evento é discutir com os profissionais de saúde, a responsabilidade e os cuidados em diagnosticar, de maneira mais rápida e precisa, a tuberculose e hanseníase.

"O nosso foco é estimular os profissionais de saúde, principalmente da atenção básica, chamando a atenção para os cuidados do diagnóstico. E ainda a busca do contato diferenciado com a população, destacando que a tuberculose e hanseníase têm cura", pontua Karina Amorim.

Os dados parciais, apontados pela Secretaria de Saúde do Estado, revelam que o Piauí registrou 817 novos casos de hanseníase em 2014, sendo que 74,2% desses casos encerraram o tratamento por cura.

A doença atingiu ainda 59 adolescentes menores de 15 anos. Quanto à tuberculose, no ano de 2013 foram registrados 991 casos. Já em 2014, dados preliminares apontam que foram confirmados 682 novos casos.

Fotos: José Alves Filho

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