A literatura piauiense é rica. Afinal, aqui é terra dos poetas Torquato Neto e H. Dobal. E ainda dos prosistas O. G. Rêgo de Carvalho e Da Costa e Silva. Diante de uma riqueza magistral imortalizada em letras, os novos talentos da literatura regional são obras de estudo e apreciação de estudantes em fase de pré-vestibular.
A leitura de autores contemporâneos como Edmar Oliveira, Demetrios Galvão, Adriano Lobão, Rogério Newton, Vanessa Trajano, Nathan Sousa, Graça Vilhena, Wellington Dias (o governador também se aventura nas letras) e do próprio Wellington Soares despertam o ensino crítico, permitindo dominar a língua portuguesa e valoriza aspectos do regionalismo, o tal do piauiês.
Dominar a língua e ter conhecimento crítico são a base para uma boa redação. Até porque, dizem os sábios, que escreve mais do que lê acaba escrevendo errado. “É um projeto que lançamos no Pré-Enem Live. Os autores entram com as obras, doam alguns volumes, e sorteamos nos programas que vão ao ar aos domingos. Os livros são enviados via Correios”, explica o professor Wellington Soares.
O projeto nasce da necessidade de praticar uma boa redação. “Os alunos que tiraram nota máxima, de 1000 pontos, foram unânimes em dizer que a leitura é fundamental. Quem tem o hábito de ler acaba escrevendo muito melhor. Vamos ler literatura piauiense?”, convida o professor.
Leitura permite visão de mundo
Larisse Silva tem 17 anos e muitos planos pela frente. Ela estuda no Instituto Federal do Piauí (Ifpi), no segundo ano do curso técnico de Administração. A ideia é entrar na faculdade e quem sabe começar a escrever no Jornal Meio Norte.
Ela conta que já tinha o hábito da leitura. “Eu recebi o livro Ela Não Mulher para Casar, de Vanessa Teodoro. Já comecei a ler e estou gostando. Eu acho que a leitura melhora muito a questão ortográfica e a visão de mundo. Eu já gostava de ler, já conhecia outros autores da literatura piauiense. Eu gosto de escrever, gosto de redação. Na minha opinião é a parte mais difícil porque são muitas regras”, conta Larisse.
Agora ela tem um objetivo: ser uma grande jornalista. “Eu sou do IFPI, faço Administração e estou terminando o ensino médio, concluo ano que vem. Quero muito fazer jornalismo. Eu gosto de escrever, então quero muito trabalhar em um jornal impresso, não vou desistir desse sonho”, acrescenta.
Autor comemora oportunidade de fazer sua obra circular
Adriano Lobão é poeta e une a fotografia às letras. Em sua visão, o projeto valoriza a cultura piauiense com um viés educacional. “É um projeto interessantíssimo. É essencial. Ele une a divulgação e valorização da literatura piauiense com objetivos pedagógicos. O estímulo da leitura e escrita, no caso. São atividades essenciais para o desenvolvimento humano. Então fico muito feliz de ver minha obra circulando nesse projeto”, conta.