O Rei Abdullah, da Arábia Saudita, anulou nesta quarta-feira (28) a sentença de uma mulher que havia sido condenada a dez chibatadas por ter dirigindo um carro, violando uma lei do país, anunciou uma princesa saudita.
"Graças a Deus, a flagelação de Sheima foi anulada. Graças a nosso amado Rei", disse em sua conta no Twitter a princesa Amira Tawil, mulher do sobrinho do rei Walid ben Talal.
A anulação foi confirmada por fontes do governo.
Sheima Jastaniah havia sido condenada na segunda-feira (28) por um tribunal da cidade de Yeda. Ela foi presa em julho, ao volante de um carro, segundo militantes dos direitos humanos.
A sentença havia sido divulgada divulgada dois dias depois de o Rei Abdullah ter garantido às mulheres o direito de votar e concorrer nas eleições municipais.
Duas outras mulheres estariam enfrentando processos relacionados à direção, segundo a Anistia Internacional.
Não há lei formal na Arábia Saudita proibindo as mulheres de dirigir, mas existe uma lei que exige que os cidadão tenham carteiras emitidas regionalmente. Como elas não são emitidas para mulhere, isso, na prática, as impede de dirigir.
Em maio, protestos tomaram o país, e algumas mulheres exigiram o direito de dirigir. A campanha ganhou as redes sociais.