A situação do rio Poti é crítica, segundo a pesquisadora Vivane Lopes, mestre em química pela UFPI (Universidade Federal do Piauí). ?Acompanhamos o rio Poti desde 2007, e atualmente percebemos níveis elevados de substâncias que não deviam estar no rio, como nitrato e metais pesados, como cobre, níquel e chumbo?, afirmou Vivane Lopes ao meionorte.com.
Com base em tabelas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a pesquisadora afirma que o rio Poty apresenta nível de contaminação Classe 3, o que indica que já vem sofrendo com a poluição a um tempo, e deve passar por tratamento antes de ser usado por pessoas. ?Nas pesquisas que fizemos na época da, encontramos grau de contaminação que é o mesmo dos que encontramos nos esgotos?, afirmou Vivane Lopes.
Os principais contaminantes das águas, segundo Vivane Lopes, são as grotas, que despejam água das chuvas, para que a cidade não fique alagada. Estas grotas estariam despejando esgoto clandestinamente. ?Não está chovendo, e mesmo assim vemos água escorrendo dessas grotas. Quer dizer, se não tem chuva, o que está sendo despejado é esgoto?, disse a pesquisadora.
?O nível de oxigênio dissolvido na água está em 3 ml/l, quando deveria estar acima de 6 ml/l?, disse Vivane Lopes. Essa condição impede que a vida se prolifere pelas águas e, se continuar assim, o rio Poti logo poderá ser considerado um rio morto.