Quantidade de mamografias feitas em Teresina supera meta pactuada

Secretaria Municipal de saúde diz que meta já é superada há 2 anos

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Segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde na última sexta-feira(15), Teresina superou por dois anos consecutivos a meta para realização de mamografia em mulheres teresinenses de 50 a 69 anos de idade. Isso porque nos anos 2013 e 2014, as metas para esse exame, pactuadas com o Ministério da Saúde por meio Pacto da Saúde, corresponderam à razão de 0,15 e 0,20 e os resultados alcançados foram 0,31 e 0,33, respectivamente.

Para obtenção dos resultados descritos, foi realizado cálculo conforme o caderno de pactuação do Ministério da Saúde. No cálculo, considerou-se como numerador a quantidade de mamografias feitas apenas em mulheres residentes em Teresina e na faixa etária de 50 a 69 anos e como denominador o total da população feminina da capital, com a mesma faixa etária, dividido por dois. As fontes dos dados são do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde e do censo do IBGE, de 2010.

De acordo com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde, no ano de 2013 foram realizadas 9 mil e 982 mamografias bilaterais para rastreamento em mulheres teresinenses de 50 a 69 anos nos hospitais públicos e privados conveniados ao SUS. Em 2014, o número passou para 10 mil e 615. Essas quantidades foram as utilizadas para realização do cálculo e não englobam mulheres não residentes em Teresina e de outras faixas etárias.

Segundo Sheylla Maranhão, gerente de monitoramento e avaliação da SMS, os dados coletados pela Secretaria Municipal referentes ao ano de 2015 são ainda passíveis de alteração. Isso porque o banco de dados deste ano é concluído em março de 2016, sendo oficialmente informado ao Ministério no mês de abril. Somente em maio do corrente ano é que os dados serão disponibilizados na Internet para consulta pública.

Aderivaldo Andrade, secretário municipal de saúde de Teresina, cita a importância da realização do exame: “A mamografia de rastreamento permite que a mulher descubra mais precocemente o câncer de mama. O diagnóstico precoce é fundamental e reflete na redução de cirurgias mutiladoras e na melhoria da qualidade de vida da paciente. Se for constatado o câncer, o SUS fornece todos os tratamentos necessários.”, declara.

 O secretário municipal de saúde avalia o resultado: “Teresina está empenhada em aperfeiçoar o rastreamento para diagnóstico precoce do câncer de mama, prova disso é a superação da meta pactuada com o Ministério da Saúde. Isso ocorreu porque ampliamos a oferta dos serviços de saúde, por meio de ações como a implantação desse exame no Hospital Universitário, naquela época.”, afirma.

 Ele informa ainda que após feito diagnóstico do câncer de mama, a marcação de consulta deve ser feita para o hospital São Marcos, que é referência em oncologia: ”A Secretaria Municipal de Saúde de Teresina oferta, por meio do SUS, grande quantidade de consultas de primeira vez para o hospital São Marcos, de forma que essa primeira consulta é marcada rapidamente. Nesse hospital, são feitos os exames complementares e realizado, conforme o caso, o tratamento adequado ao paciente, que pode ser cirurgia, radioterapia ou quimioterapia”, conclui.

 Como funciona a pactuação?

 Cláudia Glauciene, diretora de planejamento da SMS, explica sobre a pactuação para realização de mamografia,  que é feita a nível tripartite: “O processo de pactuação é um acordo no qual os gestores dos três entes federativos assumem publicamente compromissos para prover as necessidades de saúde da população. Eles realizam atividades de modo a atingir o que foi pactuado, o que envolve planejamento, monitoramento e avaliação final dos dados”, afirma.

 Saiba mais sobre mamografia

O Centro de Saúde Lineu Araújo, da Prefeitura, é um dos estabelecimentos em Teresina que dispõe de mamógrafo, equipamento utilizado no exame. A mamografia do tipo rastreamento objetiva diagnosticar o câncer de mama em mulheres e é realizada através de compressão da mama sobre uma plataforma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a recomendação brasileira é que mulheres com idade entre 50 e 69 anos faça a mamografia a cada dois anos.

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