Muitos aproveitaram o momento de quarentena para colocar uma série em dia, ler um livro, organizar a casa. Muitos outros aproveitaram esse tempo para criar. Dentro dessa segunda opção, o designer e produtor de moda Robert Santos, desenvolveu e produziu sua coleção slow fashion Refúgio. Confeccionadas em tecidos de fibras naturais, como algodão e linho, as peças buscam imprimir uma sensação espontânea de beleza e traduzir o saudoso aconchego de um abraço.
“Em um cenário inédito da pandemia mundial, com sentimentos à flor da pele e um bombardeio de notícias alarmantes, o isolamento social traz consigo o desafio de buscar abrigo dentro de si mesmo. Nessa expedição interior que nasceu a coleção Refúgio, com traduções afetuosas das revelações de uma viagem exploratória às minhas emoções. É o meu refúgio criativo”, afirma Robert.
A coleção, conta com 15 peças como o casaco Chumaços, feito de brim preto com aplicação de pompons costurados a mão um a um que lembram chumaços de algodão; a camisa Entrelaços, produzida em tecido listrado de algodão e inspirada nos laços afetivos que se fortalecem durante este período de distanciamento físico; o kimono Sertões, de linho cru e inspirado na infância de Robert em Pernambuco.
Para além da estética, todas as peças da coleção buscam associar o conforto e funcionalidade e foram concebidas pensando em atemporalidade. A escolha de tecidos naturais e o acabamento minucioso têm o intuito de produzir peças duráveis e que traduzem um estilo, em vez de reproduzir tendências passageiras em roupas de curta vida útil - proposta não só da Coleção Refúgio, mas de todas as criações de Robert.
"É tudo feito com muito sentimento. Não precisamos de peças para ficarem penduradas num cabide dentro do armário porque não é confortável ou prático pro dia a dia. O mundo não precisa de mais roupas que duram apenas alguns meses, às vezes até semanas. Precisa de conforto e que dure", finaliza.