Foi identificado, na manhã de hoje, mais um brasileiro morto em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O corpo do paulista Carlos Limar de Souza Lima, de 38 anos, foi encontrado ontem à tarde, próximo ao quartel do Exército paraguaio. Um bilhete assinado por um suposto grupo denominado "O crime" foi deixado ao lado da vítima, junto à promessa de resposta à ação de justiceiros na área. Já são quatro os casos de brasileiros assassinados na região da fronteira entre os dois países desde sábado (25).
Segundo os registros policiais, o corpo de Carlos foi deixado por um carro em um terreno localizado a 5 km da fronteira com o Brasil. A vítima tinha sinais de tortura, um corte no abdômen, havia sido decapitada e a cabeça estava em um saco plástico.
Sem documentos, a vítima foi identificada com a ajuda de tatuagens espalhadas pelo corpo, entre elas, a de um palhaço, o que fez a investigação acreditar que ela seria integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A suspeita é que o brasileiro tenha sido capturado no último sábado, junto a outro rapaz, que não teve a identidade revelada e ainda não foi localizado.
A polícia paraguaia trabalha com duas hipóteses: a primeira é que o bilhete tenha sido deixado para despistar as investigações e a segunda é que Carlos tenha sido uma vítima do novo grupo criminoso da fronteira, identificado como "Crime".
Essa facção teria sido criada para disputar território com os "Justiceiros da Fronteira", conhecidos por agir de forma organizada desde 2010 e atuar matando pessoas que julgam suspeitas de praticarem furtos e roubos nos dois lados da fronteira do Paraguai com o Brasil.