Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde brasileiro, rebateu às críticas à gestão do Governo Federal com relação à gestão da pandemia nesta segunda--feira (26) na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado Federal. "O que não precisamos é de polêmica", disparou o líder de uma das pastas, que tem o dever de liderar o combate ao novo coronavírus.
Queiroga afirmou que a vacina é a esperança de dias melhores e que é preciso seguir o plano de vacinação. "A aplicação da segunda dose tem sido um pedido de governadores e prefeitos e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose" , revela.
O Ministro afirma que é necessário respeitar a estratégia do Ministério da Saúde. "Se nós respeitássemos o nosso PNI (Plano Nacional de Imunização), conforme pactuado na tripartite, ele iria melhor. Ocorre que, os senhores sabem, que há a inclusão de um grupo (prioritário) ou outro e isso termina por alterar a harmonia do nosso programa e atrapalha o nosso processo de vacinação", acrescentou.
De acordo com o Ministro, o Brasil é um dos países que mais distribui doses de vacinas. No entanto, o Brasil aparece na posição de número 56º no ranking de vacinação mundia. "O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacinas e ficam as pessoas aí na mídia criticando o tempo inteiro a campanha nacional de imunização, passando uma mensagem desencontrada para a sociedade brasileira", disse.
Queiroga refutou que estaria mandando gastarem menos oxigênio nos hospitais. "Eu falei em racionalização do oxigênio e foram dizer que eu queria fazer racionamento, o que não é o caso. O que nós precisamos é disciplinar e orientar os médicos para que proceda de maneira correta com esse insumo, porque ele é estratégico", declarou.
Ele aproveitou para comentar boas relações com a Organização Mundial de Saúde (OMS). "Inclusive, o presidente Tedros Adhanom, em sua conta no Twitter, já publicou, de maneira reiterada, a excelente relação que tem comigo e com o embaixador Carlos França. E essa relação não é comigo e nem com o diplomata, mas com o nosso país, o Brasil", afirmou o Ministro da Saúde.