Michel Nisembaum, o único brasileiro feito refém pelo Hamas durante o ataque a Israel em 7 de outubro, foi encontrado morto nesta sexta-feira (24). Aos 59 anos, Nisembaum era muito ligado aos netos, com quem vivia em Israel. Segundo sua família, ele estava a caminho de buscar uma de suas netas quando foi surpreendido pelos terroristas. As Forças Armadas israelenses encontraram seu corpo durante uma operação em Jabalia, no norte de Gaza.
DOR DA FILHA
Hen Mahlouf, uma das filhas de Nisembaum, expressou sua dor nas redes sociais. "Quem diria que essa seria nossa história, que esse seria seu fim. Nosso papi, o coração está partido", publicou. Em dezembro, Hen havia relatado que seus filhos perguntavam pelo avô diariamente desde que ele foi sequestrado. Nisembaum, nascido em Niterói, morava em Israel desde os 12 anos e vivia em Sderot, próximo à Faixa de Gaza.
contato com os sequestradores
No dia do ataque, Nisembaum foi buscar sua neta em uma base militar onde a mãe da criança serve ao Exército. Ao saber da invasão do Hamas, ele decidiu resgatá-la, mas foi interceptado por terroristas que dispararam contra seu carro. Ele conseguiu fugir e contatou a polícia, tentando ajudar outras pessoas a escaparem. O contato com os sequestradores se deu quando a filha ligou para seu celular e foi atendida por membros do Hamas, sem informações sobre seu paradeiro.
PISTA DO SEQUESTRO DE Nisembaum
A principal pista sobre o sequestro foi seu computador, encontrado em Khan Younis, no sul de Gaza. Seu corpo, no entanto, foi localizado no norte do território. Mahlouf e Mary Shohat, irmã de Nisembaum, passaram meses buscando pistas e viajaram ao Brasil em dezembro para divulgar a campanha pela libertação dos reféns. Após a confirmação da morte de Nisembaum, o presidente Lula expressou "imensa tristeza" e reafirmou seu compromisso com a libertação de todos os reféns e um cessar-fogo em Gaza.
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