Radiação Solar atinge níveis extremos em todo o país

É fundamental proteger todas as partes do corpo expostas ao sol para evitar o câncer de pele

Índice é preocupante em todo país | Divulgação
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Não são apenas o sol forte e a sensação de calor que causam mal-estar nos dias quentes de verão. O transtorno pode ser maior e mais sério. A Radiação Ultravioleta tem atingido índices alarmantes no Brasil e no mundo. Por isso, é preciso muita atenção aos cuidados com a pele durante a exposição ao sol, não apenas durante passeios ao ar livre, na praia ou piscina, mas até mesmo na sombra.

Em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, por exemplo, o Índice de Radiação Ultravioleta (IUV) tem chegado a 14, nível considerado extremo, com alto grau de periculosidade. Para se ter uma ideia, o índice normal e seguro fica em torno de 3 a 5. 

“É extremamente importante adotar medidas fotoprotetoras, como o uso de filtro solar, chapéus e roupas com Fator de Proteção Ultravioleta (FPU), sempre que for sair de casa. Isso previne problemas de saúde, que podem ser graves, como o câncer de pele”, aconselha o dermatologista José Jabur da Cunha.

Todas as cidades do país vêm registrando níveis de radiação solar extremos, acima dos 12. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste têm os índices mais altos, inclusive cidades do interior. São José dos Campos (SP) registra nessa época do ano IUV 14, igual a capital paulista; e Santos e Ribeirão Preto (SP) vêm marcando 13. No Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes e Búzios também chegam ao IUV 13. 

No caso das crianças, é preciso redobrar a atenção. Estudo recente publicado no Jornal da Associação Médica Americana de Dermatologia mostrou que o uso de fotoprotetor na infância pode reduzir em 40% o risco de melanoma - tipo mais perigoso de câncer de pele - antes dos 40 anos. 

“Os pais não devem usar protetor solar em crianças de até seis meses. Por isso, não exponha o bebê diretamente no sol e coloque chapéus e roupas com Fator de Proteção Ultravioleta (FPU). Após os seis meses de idade, escolha um protetor com no mínimo FPS 30, e que seja ‘resistente à água’ para não sair com facilidade após uma ducha ou uma rápida entrada no mar ou piscina.  É preciso reaplicar o protetor a cada três horas”, orienta o médico, que é especialista em câncer de pele.

A Austrália é o continente que mais recebe radiação solar e lá existe uma enorme conscientização da população. Todas as crianças usam protetor solar e chapéus com abas largas para ir à escola, por exemplo. O Dr. Jabur explica que é importante se inspirar no exemplo australiano e orientar as crianças desde cedo sobre a importância de se proteger do sol. 

“Fale sempre com a criança sobre a importância de se proteger do sol para a pele não arder, para evitar queimaduras. Aos poucos, ela mesma vai aprender a colocar o chapéu e o protetor solar, sem que você precise brigar para isso. Estimule esse hábito. Dar o exemplo também é primordial. Mães e pais também devem cuidar da pele ao sol”.

O horário de máxima intensidade de radiação solar é ao meio-dia. É importante evitar se expor entre 10h e 15hs. A “regra da sombra” é interessante e serve como dica: se a sombra do seu corpo no chão for menor que a sua altura, não deve ficar exposto ao Sol. 

Ao comprar o protetor solar, dê preferência a marcas conhecidas e procure um produto que proteja tanto dos raios UVB (que causam vermelhidão e atingem a camada superficial da pele) quanto dos raios UVA (que penetram na camada mais profunda). Mas se a ideia for ficar na praia ou piscina por muito tempo, o ideal é também usar peças com FPU – camisas, bermudas, chapéus e bonés, que garantem a fotoproteção duradoura. Nas áreas protegidas pelo tecido, não é necessário aplicar o filtro solar na pele.  

Os dias nublados também queimam a pele e emitem radiação, mesmo que um pouco mais baixa. As nuvens fazem uma camada leve de proteção, mas não bloqueiam totalmente os raios solares. Portanto, é imprescindível que você também se proteja em dias nublados. 

IUV registrado nas últimas semanas nas capitais brasileiras:

São Paulo:14 / Rio de Janeiro: 14 / Belo Horizonte: 14 / Vitória: 13 / Curitiba: 14 / Florianópolis: 13 / Porto Alegre:12 /  Campo Grande: 14 / Brasília/DF:13 / Goiânia: 13 / Cuiabá: 13 / Palmas: 13 / Fortaleza: 12 / Salvador: 12 / Recife: 12/ João Pessoa: 12 / Natal: 12 / Teresina: 12 / São Luís: 12 / Manaus: 12 / Belém:12 / Rio Branco: 13 / Porto Velho: 12 / Macapá: 12 / Boa Vista: 12

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