Nesta segunda-feira (07) comemora-se o Dia do Radialista, uma das importantes e tradicionais profissões que resistem ao tempo e fazem parte do dia a dia de muitas famílias. O campo da rádio se atualiza constantemente, crescendo com diversas programações inovadoras e dando espaço para muitos profissionais.
As rádios atualmente caminham junto com a internet, possibilitando espaços de visualização mais abrangentes, sendo ainda mais reconhecidas e atingindo variados públicos de diferentes faixas etárias. Esses constantes avanços auxiliam no enriquecimento profissional do radialista, que observa o mercado da voz lucrativo.
Começando sua trajetória cedo pela rádio, a locutora Isandra Rangel, que faz parte da equipe da Rádio Cocais FM, descobriu o talento na voz aos 16 anos. Com o início dos estudos de rádio na cidade de Floriano, a radialista formou sua carreira com cursos na Suíça e trabalhos no Peru, México e Califórnia. A mesma vê a praticidade de se conquistar carreira como radialista, onde atualmente estão disponíveis uma gama de cursos profissionalizantes.
“Já existem cursos e possibilidades para conseguir a DRT e conseguir trabalhar em uma boa rádio. Na minha época, para trabalhar em uma rádio convencional precisava ser habilitado, juntar as duas coisas era difícil, sempre precisava de uma mão. Além disso, sem talento você não ficava. Hoje temos os recursos das escolas nas mãos, com carta e possibilidade de estágio”, explicou.
O setor possui ramificações para os radialistas em vários trabalhos como a locução publicitária, campanhas políticas, narrações para as redes sociais e eventos. Garantir trabalhos nesses segmentos agregam no currículo, abrindo portas para novas experiências profissionais. O crescimento expressivo das empresas de rádio vem impulsionando a procura por radialistas e fomentando o mercado de trabalho.
Assim como Isandra, o radialista Rogério Ribeiro, que faz parte do time de locutores da Rádio Meio Norte FM, já possui quase duas décadas de atuação nesse segmento e para ele, o rádio continua a ser o que atinge as maiores audiências, continua a adaptar-se às novas tecnologias e aos novos equipamentos. Para ele, dar voz e vez ao pedido da população é muito gratificante para a carreira, além de ser uma grande responsabilidade.
Mercado da profissão é mágico
Formado em 2015, trabalhando há 5 anos como radialista, Derson Lucyno, comanda as tardes da Rádio Boa FM e teve sua caminhada cercada pela rádio comunitária, para ele, “uma escola para todos que querem atuar profissionalmente na rádio”. Segundo o locutor, o mercado da profissão é mágico, mas apresenta desafios com a evolução das tecnologias e plataformas da web.
“Hoje estamos concorrendo diretamente com os influenciadores digitais, eles estão ‘invadindo’ o mercado pela parte visual. O radialista que não fica acomodado consegue ter espaço nesse meio com o avanço da tecnologia e redes sociais. Estou sempre me atualizando e partindo para todos os cantos. Tem vagas para quem quer atuar na rádio e ao mesmo tempo usar estratégias para as redes sociais”, pontuou.
Ainda com os avanços das tecnologias e o implemento nos novos meios de comunicação, a rádio continua em crescimento, seja em sua audiência ou espaço publicitário. A adequação diante da modernidade leva à necessidade de buscar domínio das redes sociais, onde a rádio passa a compor sua divulgação.
“A rádio está se atualizando, acompanhando justamente essa modernidade. Hoje vemos câmeras nos estúdios para serem transmitidos no Instagram, no Facebook. Ouvimos as músicas e vemos o comunicador, então é um meio que não tem como cair no esquecimento, nunca”, expôs Derson.
Técnica e trato vocal são indispensáveis
O mercado das rádios também sofre modificações, com isso, empregadores deixam de exigir uma voz marcante, com expressões fortes. As novas empresas passaram a buscar profissionais técnicos vocalmente, mas sem deixar o trato com a voz em primeiro plano. A técnica se expande para outras vertentes, em principal, as locuções publicitárias, onde os locutores criam dinâmica sonora que rendem em tais serviços.
Com sangue de locutor, César Filho faz carreira de 40 anos no ramo e faz parte da Rádio Jornal MN FM. Sua voz reconhecida também emprega trabalhos em eventos, como mestre de cerimônias, além de estar inserido na televisão. O mesmo frisa que o advento da internet fortaleceu os trabalhos em publicidade, dando mais espaço para os novos profissionais e segmentações na área.
“Com a internet, ajudou muito com essa questão da locução publicitária, hoje em dia não é tão caro ter uma estrutura em casa. Apareceu muita gente (profissionais e clientes), uns tem um preço mais alto e outros mais baratos, pois estão começando. Chamo a atenção para a responsabilidade dos mais experientes de cobrar sempre um preço justo. Tudo é uma fase, um escalonamento de experiência”, explicou.
Tendo em vista as novas molduras das rádios, os locutores possuem o abrangente mercado que amplia o leque de oportunidades. Os veteranos no meio de comunicação alertam para a atualização e ficar por dentro dos avanços das tecnologias e implementações em plataformas digitais, atingindo assim possibilidades lucrativas e importantes com a profissão.