Um relatório divulgado nesta quarta-feira (9) pela organização norte-americana Save the Children listou os melhores lugares para se criar um filho no mundo. No total, foram analisadas 164 nações, divididas em três listas baseadas no nível de desenvolvimento econômico, educacional e de acesso à saúde.
A Noruega lidera a primeira lista, sendo considerada como o melhor lugar no mundo para se criar um filho. Os Estados Unidos figuram apenas na 31ª posição da primeira lista. Isso acontece por conta da alta taxa de mortalidade de mães após o nascimento no país - uma a cada 2100 partos, a maior entre as nações mais desenvolvidos do mundo.
Os norte-americanos também convivem com uma mortalidade de 8 crianças a cada 1000 abaixo dos cinco anos, um patamar comparável a países como a Letônia. A chance de alguém nessa faixa de idade morrer é maior que o dobro nos Estados Unidos na comparação com as nações mais desenvolvidas do mundo.
Acima dos norte-americanos, o topo da primeira lista é dominado por nações europeias, pela Austrália e pela Nova Zelândia.
O Brasil aparece na 12ª posição do segundo ranking, composto por 79 países classificados em um nível intermediário de desenvolvimento. No caso nacional, o risco de uma de morte após o parto é de 1 a cada 860 mulheres. Entre as crianças até 5 anos de idade, a taxa de mortalidade no país é de 21 a cada 1000. Cuba é a nação que lidera a parte do ranking na qual o Brasil está inserido.
Na parte debaixo do ranking, as dez nações com classificação pior são africanas, com exceção do Afeganistão. A organização enumera problemas como a baixa renda das mulheres, o alto índice de subnutrição e mortalidade entre as mães após o parto.
A última posição da terceira lista é ocupada pelo Afeganistão. No país, uma mãe a cada 11 morre depois do nascimento do bebê. No Chade, esse número é de 1 para cada 14. A mesma taxa é observada na Somália, nação onde apenas 1% das mulheres usa algum método contraceptivo e o acesso a água não existe para 70% das pessoas.
A subnutrição em países como Bangladesh, Nepal, Iêmen, Magadascar e Níger afeta mais de 40% das crianças abaixo de 5 anos. Segundo a Save the Children, a falta de alimentação é um dos fatores que colabora para a morte de 8 milhões de pessoas nessa idade a cada ano no mundo.