Inquérito sorológico para a vacina contra a dengue é realizado em Teresina
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) está contribuindo com o Inquérito Sorológico para a determinação de estratégias de introdução da vacina contra a dengue no Brasil. Serão colhidas 1.022 amostras de sangue de voluntários em unidades de saúde de Teresina para serem analisados.
“O inquérito visa determinar, de acordo com critérios científicos e epidemiológicos, qual a logística a ser utilizada quando a vacina – que está sendo desenvolvida – estiver de uso público”, informa a diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba. Para isso, será realizada a dosagem de Imunoglobulina G (IgG), anticorpo que o organismo produz quando entra em contato com algum tipo de microorganismo invasor e que serve para proteger a pessoa de futuras infecções, permanecendo por toda a vida.
Será feita a coleta de amostras de três a quatro ml de sangue em voluntários de até 20 anos de idade para conhecer a prévia infecção pelo vírus da dengue, determinada pela dosagem de IgG. Elas estão sendo coletadas nos hospitais municipais do Parque Piauí, Promorar, Buenos Aires e Dirceu Arcoverde, Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo, Hospital Infantil Lucídio Portela e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela.
O estudo encontra-se aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e está a cargo da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). O laboratório Hermes Pardini foi contratado por meio de licitação pela SPDM e realizará a logística de colheita, acondicionamento e transporte de amostras de sangue até suas unidades próprias locais.
A pesquisa escolheu municípios com mais de 500 mil habitantes para sua realização, e por critérios populacionais Teresina é a única cidade do Piauí que está participando. O objetivo é recolher 70 mil amostras de sangue em todo o país.
“A dengue é um problema que ainda traz muita preocupação aos gestores de saúde pública, e a possibilidade de se utilizar uma vacina no futuro poderá ajudar no controle dessa enfermidade. Por isso, pedimos apoio da população para que contribuam nesta pesquisa”, afirma Amariles Borba.