Os jornais ter?o, em 2007, o melhor ano da d?cada em termos de faturamento com publicidade, segundo o Projeto Inter-Meios, que monitora a receita bruta dos meios de comunica??o brasileiros.
De janeiro a setembro deste ano, os jornais aumentaram seu faturamento em 10,15% em rela??o ao mesmo per?odo de 2006, atingindo R$ 2,2 bilh?es. Os meios de comunica??o como um todo aumentaram suas vendas em 5,12%, movimentando R$ 13,2 bilh?es.
O principal motivo para o ganho de participa??o dos jornais foi o aquecimento dos mercados imobili?rio e automotivo, que aumentaram os investimentos em publicidade. A Lei Cidade Limpa, que proibiu outdoors, panfletos e placas de rua em S?o Paulo, tamb?m ajudou no incremento.
"Por mais que consulte a internet, o consumidor v? os jornais antes de decidir pela compra de bens mais caros", afirma Antonio Athayde, diretor-executivo da ANJ (Associa??o Nacional de Jornais).
"Depois de anos de crise, ? a oportunidade que os jornais t?m de mostrar sua relev?ncia e de fortalecer o relacionamento com o mercado publicit?rio."
Na expectativa de especialistas, a tend?ncia ? que o bom momento dure de quatro a cinco anos.
"A ind?stria automotiva vai continuar vendendo, e a imobili?ria est? apenas come?ando", afirma Luiz Grottera, s?cio da TBWA/BR, que tem as contas da Nissan e da Gafisa. "As empresas jornal?sticas com maior compet?ncia v?o aproveitar o momento para se fortalecer estrategicamente."
Isso porque a migra??o para outros tipos de m?dia n?o deixar? de acontecer. No levantamento da Inter-Meios, o faturamento da internet aumentou 39%, e o de cinemas, 24%. Suas bases, entretanto, s?o menores: esses meios faturaram R$ 131 milh?es e R$ 49 milh?es, respectivamente, de janeiro a setembro. Na conta da internet, tamb?m entraram os links patrocinados, que n?o eram contabilizados at? 2006.
O projeto Inter-Meios destacou ainda que emissoras de televis?o e revistas cresceram 5% e 3,8%, respectivamente, portanto menos do que a m?dia do mercado. J? r?dios e m?dia exterior tiveram decr?scimo no faturamento, de 0,35% e 16%.