Percebendo a necessidade dos filiados quanto a serviços básicos de saúde, educação e lazer, o Sindicato dos Comerciários de Teresina (Sindcom) começou a desenvolver há cerca de 13 anos um trabalho que modificaria positivamente a qualidade de vida de milhares de piauienses.
Através da criação da Fundação dos Comerciários (FCT), possibilitou o oferecimento de diversos benefícios, que vão além da missão inicial da instituição e elevam o bem estar de modo efetivo. São consultas médicas, planos odontológicos, cursos profissionalizantes, bolsas de estudo, entre outros.
A cartilha de pontos positivos só cresce com o passar do tempo e desponta para a evolução do projeto, que iniciou sem grandes pretensões e hoje assume um papel primordial para cerca de 60 mil pessoas, entre comerciários, seus dependentes e moradores de comunidades periféricas da cidade.
Segundo o presidente da FCT, Genivaldo Ferreira, a expansão das ações conquistou novos horizontes que vão além das lutas trabalhistas e passam pela inclusão social.
“Hoje o sindicato perdeu a referência de fazer só a batalha pelos direitos do trabalhador, saímos na frente e pensamos na fundação para ajudar a sociedade”, declara.
A construção do projeto não foi simples e lembranças ficam marcadas na história. “Em 2001 criamos a FCT, primeiramente alugamos o prédio e oferecíamos apenas suporte odontológico, posteriormente fomos pensando em ampliar”, explica.
A expansão dos serviços veio gradativamente, e outras especialidades passaram a ser impostas, como ginecologia, pediatria, entre outras. Nesse processo, se viu necessária a união com clínicas privadas, na busca por parcerias, envolvendo bons descontos em exames de alta complexidade, internação e demais procedimentos.
“A categoria foi crescendo bastante, e a medida que oferecíamos mais opções, eles também iam cobrando. Desse modo, procuramos fazer convênios, onde os sócios com carteirinha têm desconto”, afirma
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Com forte adesão da classe, a clínica montada pelo Sindicato costuma atender a uma demanda significativa por dia.
“No mínimo 80 pessoas são atendidas diariamente. É igual a plano de saúde, muitos vêm pela manhã, marcam o horário e na tarde já podem realizar o serviço”, diz o diretor do Sindcom José Perreira. Ele ressalta que cada pessoa atendida paga o valor de R$ 20. “É um índice simbólico, tendo em vista que numa clínica particular pagariam até quatro vezes mais”, relata.
Na Fundação ainda funciona um laboratório para analisar hemogramas, por exemplo. “Hoje a questão da saúde é de extrema relevância, por isso mesmo temos nos preparado para oferecer o melhor”, diz. O movimento no espaço é tão grande, que impressiona.
“A demanda é maior no período matinal, sempre temos muita procura”, conta. De acordo com Perreira, grande parcela dos beneficiários demonstra satisfação com os procedimentos oferecidos.
“O atendimento acontece de segunda a sexta, das 7h30 até às 20h30 e fazemos o possível para agradar. No sistema único de saúde eles enfrentam filas, sofrem e muitas vezes nem conseguem a marcação, aqui é diferente, o processo é célere e eficaz”, garante.
Atendimento médico é maior que no SUS
"Aqui o atendimento para elas é muito maior do que no SUS. Conseguem o exame com certa rapidez, dá para aprofundar mais o tratamento", explica. Outro fator de destaque é que desde o primeiro momento a mulher é acompanhada e todo o seu caso recebe o máximo de cuidado.
"Oferecemos uma facilidade, uma opção, pois ou elas vão no SUS ou em algum hospital particular que cobra um valor muito alto. Aqui o preço é em conta, tratamos com zelo e atendemos de forma respeitosa", explica.
Craveiro converge que essa proximidade faz com que se crie uma relação de amizade. "Tem umas que se consideram até amigas da gente. Isso reflete o ambiente positivo de trabalho", afirma. O cuidado em manter a saúde dos beneficiários em dia é tamanha, que existe um processo minucioso para não deixar passar nenhum problema.
"Tem um banco de dados e o histórico de cada", revela. O foco do Sindcom é oferecer qualidade de vida e cidadania, de modo que ajuda a desafogar os hospitais públicos e traz dignidade à população.
Nesse sentido, o esforço tem sido multiplicado diariamente para que ninguém fique desamparado aos serviços e a ampliação aconteça constantemente.
Apenas no setor de odontologia são oito dentistas, buscando absorver todos os turnos, de modo que ninguém fique sem receber o serviço. "Só os clínicos atendem 10 pacientes cada, além disso tem o odontólogo especialista em canal e pequenas procedimentos cirúrgicos", aponta a assistente Janner Silva.
Além de todas as especialidades listadas, também é oferecida ajuda psicológica. Conquistando cada vez mais demanda, a diversificação dos setores atendidos é uma meta que vem sendo cumprida com êxito pela organização, de tal modo que mais pessoas sintam segurança em buscar o espaço de saúde. A abrangência do Sindicato é enorme e só aumenta com o passar do tempo.
Pacientes apontam as vantagens do atendimento na fundação
Quando condiz com o espaço médico, os pacientes não encontram motivos para reclamar, a maioria vem de bairros da periferia para as consultas ou exames e sente a estrondosa diferença dos serviços oferecidos por grande parte das instituições públicas.
“Tem bastante tempo que frequento e estou feliz com os procedimentos prestados. Com certeza é mais rápido e tem muita qualidade”, opina a dona de casa Nair Pereira.
A paciente relata que frequentemente passa pelo consultório e realiza exames de rotina, a iniciativa já teria contagiado até mesmo os filhos. “Sempre os trago comigo, é importante se cuidar e, se é algo bom, eles devem ficar sabendo”, aponta.
Ela ainda conclui. “Sempre que preciso venho e sou bem recebida”, diz. O zelo com a saúde propagado pelo sindicato parece se propagar entre os beneficiários, que comparecem em peso na unidade, destacando um belo trabalho social, primordial para a obtenção do bem-estar e de uma vida plena.
Pela primeira vez na clínica da fundação, a vendedora Karynne Vidal já começa a sentir a política do Sindcom. “Me receberam muito bem, não tenho do que falar”, diz. A jovem afirma que pretende retornar para outros exames e parabeniza a eficiência na marcação.
“A taxa que cobram é mínima, compensa, sim, vir para cá; no SUS é complicado, demora um pouco, já no particular é caro, tem gente que paga plano de saúde, mas quem não tem dinheiro, fica difícil”, exemplifica.
O presidente da FCT, Genivaldo Ferreira, destaca que o ponto em que a iniciativa se encontra atualmente é resultado de um trabalho valoroso e incansável. “Com certeza a categoria está bem assistida, quando pensamos nesse projeto não imaginávamos que daria tão certo e ajudaria tantos teresinenses”, afirma.
Ele reconhece que há diversas questões a serem ampliadas, mas já demonstra satisfação com o espaço já conquistado. “Existe um reconhecimento, até mesmo por parte dos filiados do que construímos com muita luta e seriedade”, vislumbra.
A preocupação com a prevenção de problemas de saúde não fica restrita aos limites das paredes do espaço médico.
Pensar no assunto é também preocupar-se com o lazer, nessa ânsia, algumas atividades ajudam a manter o corpo e a alma saudáveis, longe de preocupações, problemas ou qualquer estresse.
“Contamos com uma colônia de férias, assim como um ambiente com 42 apartamentos para descanso e lazer, enfim, estamos oferecendo carinho e dedicação”, limita.
Além de todas as ações elencadas, o Sindicato dos Comerciários oferece assessoria jurídica aos beneficiários, possibilitando que ao ter qualquer adversidade no trabalho possa contar com o auxílio de advogados, tal como no momento em que ele é demitido da empresa.
“Procuramos minimizar as barreiras, tem serviço de advocacia com mais de 15 profissionais, sempre quando o funcionário do setor de comércio tem mais de 1 ano, a rescisão contratual é aqui. Ficamos atentos e não deixamos que o trabalhador sofra prejuízos”, finaliza Ferreira.
Educação é o caminho
“Temos convênios com vários colégios e faculdades, muitos com descontos entre 60% a 80%”, diz o diretor do Sindcom, José Pereira.
Com o alto número de pessoas ligadas ao sindicato, em certas ocasiões, as próprias unidades de ensino buscam a direção do sindicato e propõem o convênio. “Chegam até nós, fazemos uma reunião e planejamos a parceria”, garante. A procura pelo serviço é alta e sinaliza pela vertente primordial que o setor possui na sociedade piauiense.
Além desta modalidade de contribuição, a Fundação dos Comerciários mantém turmas de ensino básico e informática. Na própria sede da organização existe um laboratório com cerca de dez computadores, difundindo a inclusão digital por mais de uma década. “Nós formamos a turma e esperamos a comunidade se manifestar sobre o interesse, quando a completamos, as aulas se iniciam”, afirma Pereira.
O funcionamento do laboratório trouxe o conhecimento necessário para que centenas de pessoas pudessem ser inseridas no mercado de trabalho e, além de tudo, capacitou-as para competir de igual para igual em vagas estratégicas.
“Temos buscado, durante os anos da nossa atuação, englobar o melhor para os nossos filiados, é um trabalho avivador”, conta o presidente da FCT, Genivaldo Pereira.
É nesse ambiente, onde diversas áreas cruciais para o desenvolvimento profissional e pessoal que histórias se encontram e a simbologia de um sindicato munido apenas das lutas pela categoria se encerra. O conceito é ampliado, sofre mudanças e foca na transformação, buscando oferecer dignidade e um futuro promissor.
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